Enviada em: 06/09/2017

Durante a II Guerra Mundial, milhares de pessoas perderam suas vidas nos campos de concentração nazistas por conta de sua orientação sexual. Hodiernamente, a aversão a LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais e travestis) ainda está presente na sociedade brasileira. Tal fato, mostra a necessidade de ações efetivas da sociedade e do estado no combate aos estereótipos de gênero e a dogmas religiosos enraizados em um estado teoricamente laico.        A homossexualidade só deixou de ser considerada uma patologia pela Organização Mundial da Saúde em 1990. Entretanto, comportamentos que vão contra a heteronormatividade ainda são mal vistos e altamente hostilizados. O padrão de gênero biforme, homem e mulher, é pregado desde o nascimento, com cores e brinquedos específicos para cada sexo, por exemplo, sendo que qualquer manifestação oposta na infância ou adolescência é vista como passível de reversão, não compreendida e oprimida nos diversos setores da sociedade. Dessa forma, a educação altamente sexista forma adultos despreparados a aceitar e a conviver com o que é diferente, seja em si mesmo ou nos outros indivíduos, causando a intolerância.         Outrossim, cabe destacar a forte influência religiosa presente, mesmo inconscientemente, nas práticas homofóbicas. Hábitos homossexuais faziam parte da cultura da Antiguidade, entretanto, durante a Idade Média, com o forte poder da Igreja Católica, esses atos passaram a ser demonizados e repugnados. Tais pensamentos permanecem intrínsecos na modernidade devido à grande influência religiosa presente no país, por conseguinte, isso acaba dificultando a defesa e a proteção dos direitos dessas classes discriminadas. Um exemplo disso, é a existência de bancadas religiosas no parlamento de um Estado intitulado laico como o Brasil.        Infere-se, portanto, a necessidade de medidas para reverter esse quadro problemático. Para isso, ONGs e movimentos sociais devem se unir para divulgar nas mídias televisivas e de internet a importância do respeito, da tolerância e da defesa dos ideais de igualdade e liberdade assegurados pela Constituição a todos os cidadãos. Já o Poder Legislativo, deve elaborar propostas de leis para criminalizar e punir severamente crimes de cunho homofóbico. Ademais, ao Ministério da Educação cabe oferecer treinamentos específicos para professores e pedagogos sobre como lidar com questões de diversidade de gênero, e com qualquer tipo de preconceito relacionado, na esfera escolar, com o fito de formar uma sociedade mais humanitária e tolerante às pluralidades. Afinal como dizia a escritora Helen Keller, "O resultado mais sublime da educação é a tolerância".