Enviada em: 09/09/2017

Ao contrário do posicionamento positivista de Émile Durkheim,Max Weber defende como tese que os processos e fenômenos sociais são dinâmicos e mutáveis, os quais necessitam ser interpretados para que se extraia deles o seu sentido. Nessa lógica, pode-se afirmar que a questão da homofobia no Brasil exige uma discussão mais ampla sobre como uma sociedade que se declara civilizada e globalizada ainda perpetua atitudes que provocam retrocesso.     A priori,define-se nesse contexto,o fato de que o país, mesmo possuindo uma minoria conservadora, é controlado pela força dessa população, uma vez que isso é corroborado na história, na qual a aristocracia rural mesmo sendo minoria controlava a política estadual. Além disso, é importante observar que o corpo social não possui um auxílio de como lidar com as diferenças sociais, pois são pouco abordados no meio, uma vez que não há uma intensa discussão social para amplificação dessas ideias – segundo dados do IBGE a homofobia abrange somente 1,2% das conferências públicas . Vê-se com isso, a necessidade de apontar os efeitos sociais dessa problemática.     Outra questão relevante, nessa discussão, é a ideia de que segundo a Constituição Federal todo cidadão tem direito à liberdade de expressão, sendo crime atitudes contrárias a essa determinação, com isso o preconceito, que muito oprime esse povo, é uma epidemia a ser urgentemente curada. Aliás, isso ocorre devido ao pensamento de pecaminosidade desses atos proclamados principalmente pela igreja, pois essa possui forte influência na esfera popular.De acordo com Albert Einstein, cientista contemporâneo, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado. Dessa forma, se não houver medidas para melhoria, os efeitos no corpo social será que esse se tornará ainda mais individualista e intolerante.       Destarte,se pensarmos como Simone de Beauvoir, os padrões de gêneros não são biológicos, mas sociais, logo, podem ser redefinidos. O Estado, nesse contexto, carece de fomentar práticas públicas, tal como a inserção na grade curricular do conteúdo "Igualdade de Gêneros", por meio do engajamento pedagógico às disciplinas de História e Sociologia, a fim de que seja debatido a temática do respeito ao próximo e que seja ressignificado a mentalidade arcaica no que tange à tolerância. É imperativo, ainda, que a população, em parceria com as escolas, promovam eventos plurissignificativos e seminários, por meio de campanhas de caráter popular, para que diversos líderes LGBTs orientem os civis, sem tabus e esteriótipos, de modo a mitigar a intolerância de modo efetivo. Só assim, o país tornar-se-á mais plural e justo.Pois,como disse Oscar Wilde:"O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação."