Enviada em: 19/09/2017

De acordo com Jean-Paul Sartre, "a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota". A partir dessa afirmação, observa-se que o Brasil está longe de ser um vencedor no que tange a garantia dos direitos dos homossexuais, tendo em vista que a homofobia se encontra presente no país. Nesse contexto, é incontrovertível que a violência que os homossexuais sofrem, seja discriminatória ou na esfera política, é o principal motivo que torna a homofobia um problema. Nesse sentido, uma ação conjunta entre Estado, organizações independentes e população é medida que se impõe.       A princípio, percebe-se que, constantemente, o público LGBT(Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans) sofre ataques diversos. Tais agressões vão desde, por exemplo, intitular alguém de "gay" ou "viado" com o fito de ofender em comentários de ódio até o parcial ou completo isolamento social em certos ambientes, como o escolar e o religioso. Essa circunstância deve-se à cultura heteronormativa impregnada na sociedade e que, ainda, é difundida por algumas instituições e, inclusive, representantes políticos, a exemplo de Jair Bolsonaro, o qual, comumente, dissemina, em redes sociais e entrevistas, discursos odiosos a respeito daqueles que não são heterossexuais. Isso resulta em brasileiros, cada vez mais, intolerantes à diversidade sexual, os quais propagam o ferimento a direitos garantidos pelo artigo 3º da Constituição Federal.       Outrossim, vale ressaltar que o Brasil caminha lentamente para solucionar essa problemática, uma vez que os Deputados e Senadores não trabalham para assegurar que essa minoria seja, especialmente, protegida contra os atos supracitados, arquivando projetos de lei(PL) que possuem tal finalidade. Além disso, alguns políticos, participantes da "Bancada Evangélica", criaram e apoiaram um PL chamado "Cura Gay", o qual pretendia que a homossexualidade fosse tratada como doença - na contramão da decisão tomada, nos anos de 1990, pela Organização Mundial de Saúde de retirar a homossexualidade da lista internacional de doenças.        Para mitigar essa questão, portanto, é necessário que as instituições educacionais, em parceria com a mídia e ONG's, fomente o pensamento crítico da população sobre a importância do respeito à diversidade sexual para a manutenção da democracia por meio de aulas, projetos educacionais, debates, campanhas publicitárias esclarecedoras, novelas e cartilhas. Ademais, é essencial que o Poder Legislativo desenvolva e apoie projetos de lei que tipifiquem tal conduta preconceituosa, punindo seus autores e apoiando suas vítimas, a fim de que essas tenham seu medo dissolvido e autoestima recuperada. Com essas e outras medidas, talvez, o país deixe de ser derrotado.