Enviada em: 20/09/2017

No dia 18 de junho de 2017 ocorreu no Brasil a 21° edição da Parada do Orgulho LGBT. Com o objetivo de reafirmar os direitos dessa comunidade, o evento reuniu milhares de pessoas pelas ruas de São Paulo. Contudo, a questão da homossexualidade no Brasil ainda enfrenta diversos preconceitos que são suscitados tanto no âmbito social quanto no Constitucional.     Inicialmente, é importante pontuar que a homofobia possui raízes culturais na sociedade. Isso porque  durante séculos a religião foi o principal meio estruturador dessa cultura heteronormativa, fazendo com que  relacionamentos heterossexuais sejam considerados normais e dentro do padrão, enquanto outras variáveis sejam vistas como anormais. Esse paradigma imposto acabou gerando no corpo social uma visão de hierarquização da sexualidade.     Não obstante, devido a essa não aceitação por parte da sociedade, a comunidade LGBT é diariamente vítima de agressões verbais e físicas. Segundo dados divulgados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 25 horas um LGBT é assassinado no país. Esse dados, evidenciam que embora o Brasil assegure constitucionalmente a liberdade de cada indivíduo, inclusive a sexual,essa comunidade ainda é vitima de constantes ataques  homofóbicos. Outrossim, é importante pontuar a não existência de uma lei específica para crimes de homofobia, como acontece por exemplo, em casos de racismo podendo contribuir para o aumento desses casos.   Em vista disso, é necessário que se discuta a atual situação da comunidade LGBT no Brasil. Primeiramente, é importante que os Órgãos midiáticos como as emissoras de TV, trabalhem o tema através de novelas e propagandas, conscientizando a população sobre a importância de se respeitar as diversas relações afetivas existentes. Ademais, é importante que o poder legislativo desenvolva projetos de lei que  criminalizem a homofobia,  influindo na diminuição dos crimes e assegurando uma maior proteção à comunidade LGBT.