Enviada em: 28/09/2017

A homofobia é a repulsa ou aversão aos homossexuais. O preconceito em muitas sociedades impede que gays possam exercer livremente a sua cidadania ou viver em segurança. Alvo de discriminação, são constantemente ameaçados com insultos ou agressões físicas que muitas vezes levam à morte. O pior acontece quando o preconceito se torna uma política de Estado. Em pleno século XXI, a prática homossexual é considerada crime em mais de 70 países. No Brasil, apesar da Constituição de 1988 proibir qualquer forma de discriminação de maneira genérica, estatísticas compiladas pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) apontam que o país possui a maior quantidade de crimes homofóbicos do mundo.     Em primeiro lugar, a homofobia está enraizada na cultura brasileira. Ao chegarem às Américas,os europeus não só exploraram sua riqueza, mas também difundiram suas crenças religiosas para os que aqui viviam. Assim, o Brasil se tornou hoje um dos países de maior população católico-cristã de modo a prevalecer seus valores, entre eles, a imagem do casamento entre homem e mulher. Dessa maneira, grande parte do preconceito e violência contra homossexuais devem-se à pregação desses valores que julgam a homossexualidade como pecado. Aliado à falta de diálogo, combater o problema que, em muitos casos, nasce dentro da família se torna muito mais difícil.     Ademais, quanto à falta de debate na sociedade em relação ao combate à homofobia vê-se que até mesmo na escola existe dificuldade em discutir essa questão. Segundo dados de uma pesquisa realizada pela USP (Universidade de São Paulo) 60% dos professores não têm base para lidar com a diversidade sexual, de forma que, dentro da escola, alunos chegam a sofrer casos de homofobia sem ter a quem recorrer.    Logo, o Estado deve fazer cumprir seus objetivos fundamentais que constam na Constituição Federal, entre eles o de promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Nessa conjuntura, estes objetivos devem ser iniciados na base da sociedade: a educação. O Ministério da Educação deve promover campanhas de conscientização dentro do ambiente escolar repudiando toda forma de preconceito, por meio de palestras, semanas educativas, além de incluir disciplinas de convivência ética, a fim de formar uma sociedade mais tolerante.