Enviada em: 28/09/2017

Durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler, o líder da Alemanha nazista, perseguiu diversas minorias sociais, como os homossexuais. A justificativa para o ato bárbaro foi que essa classe contaminava a raça ariana, que deveria ser, então purificada. Apesar de ter passado mais de meio século após o fim da guerra, muitos indivíduos, no Brasil, sofrem diariamente com a perseguições veladas devido às diferentes orientações sexuais que possuem. Tal fato exige atenção de toda a sociedade para atenuar qualquer rastro do legado negativo deixado por Hitler. Segundo o conceito da tábula rasa, do filósofo John Locke, o homem nasce sem conhecimento algum e qualquer processo é aprendido por meio da experiência. Nesse sentido, o desrespeito e a intolerância com o grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transsexuais e transgêneros) em algum momento foram aprendidos e internalizados como corretos. As piadas, por exemplo, que difamam e desvalorizam a minoria, são um modo de propagar o preconceito na sociedade, e influenciam crianças no processo de formação do caráter e da personalidade. Além disso, muitas igrejas também fazem com que o repúdio às minorias sexuais aumente, uma vez que condenam o comportamento como pecaminoso. Assim, aprende-se a negar a existência do diferente e a não aceitá-lo como é. Ainda é válido ressaltar que o Brasil lidera o ranking mundial de crimes cometidos contra a comunidade LGBT e, mesmo com os avanços da sociedade, esse é um tema pouco debatido. Nos meios de comunicação, o assunto começa a ganhar espaço, mas ainda precisa de maior representação. Ademais, as escolas também se ausentam nos debates sobre as diferentes orientações sexuais e os casos de transgêneros, que são explicados pela medicina como um processo biológico em que não há a identificação do indivíduo com o gênero de nascimento. Quanto menos discutido é o tema, maiores são as chances de a pessoa desenvolver problemas psicológicos e cometer suicídio, devido à constante rejeição que recebem, e sofrer violência física e verbal, vinda dos intolerantes. Percebe-se, portanto, que desmistificar o assunto e tratá-lo de acordo com sua real importância contribui para diminuir os problemas e garantir uma vida melhor à minoria LGBT. Para isso, cabe ao Poder Legislativo criar leis que criminalizem a homofobia e punam exemplarmente os agressores, para diminuir os casos ocorridos, que são tão frequentes no país. Além disso, cabe às escolas, em parceria com ONGs (Organizações Não Governamentais) que apoiam a causa, promover palestras, com professores e juristas, para pais e alunos, para abordar o tema e a relevância do respeito às escolhas individuais, de acordo com a Constituição Brasileira de 1988.