Enviada em: 18/10/2017

Da punição aos homossexuais na Idade Média, à perseguição deles por Hitler já na Idade Contemporânea, e até os dias atuais, com os recorrentes ataques a pais e filhos por serem confundidos com casais de mesmo gênero, a repulsão as relações homoafetivas é perene e marcante. Nesse sentido, torna-se necessário utilizar-se da educação para traçar caminhos a fim de entender e combater a questão da homofobia no Brasil.       É válido analisar, primeiramente, que a discriminação pode ser, entre outros fatores, a aversão ao diferente. Isso se explica pelo instinto primitivo do ser humano de luta e fuga, já que aqueles expostos durante suas criações aos valores judaico-cristãos possuem a tendência, por vezes, à estranhar e atacar o desconhecido. Assim, o que não lhes são familiar ou, em consonância com a psicanálise freudiana, àquilo que lhes são recalcado - como o prazer sexual pelo mesmo gênero - é alvo de violência.        Dessa maneira, é importante salientar que tornar o que é considerado estranho em algo conhecido é de extrema valia. Tal panorama se dá, uma vez que com uma maior compreensão da diversificação natural de gêneros, o sentimento discriminatório será amenizado e a bancada conservadora preconceituosa perderá, aos poucos, a força, fator ainda predominante na nação. Tal consequência se confirma pela tese da ativista Helen Keller, a qual explica que o papel mais sublime da educação é a tolerância.       É inegável, portanto, que a educação desde a base é o caminho para sanar tal cenário no Brasil. Dessa forma, o Ministério da Educação deve ser firme na inclusão das diretrizes curriculares o estudo das diversidades de relações afetivas e gêneros sexuais, de maneira técnica e laica, a fim de serem apresentadas e naturalizadas pelo jovem em crescimento. Compete, também, às ONGs, a criação de campanhas itinerárias que levem ao público a autenticidade de qualquer tipo de relacionamento, trabalhando o respeito à singularidade do indivíduo. Com isso, o país caminhará rumo à tolerância e abrandamento gradativo da homofobia.