Enviada em: 10/10/2017

Convivemos diariamente com as consequência da homofobia no Brasil: lesões corporais e homicídios contra os LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros). Segundo o Grupo Gay da Bahia, 312 pessoas foram assassinadas, em 2013, devido sua orientação sexual. Portanto, considerando  o grande número de casos homofóbicos, essa população não é respeitada por parte da sociedade. Nesse sentido, é importar analisar o motivo para essa discriminação e sua consequência nessa porção social.       Em primeira análise, muitos intolerantes têm como argumento comum a primazia do relacionamento heterossexual, de maneira que não aceitam relações além desta. Por sua vez, o machismo também é um fator condicional ao preconceito, uma vez que não aceitam homem vestido de mulher (travesti), "fugindo" de sua masculinidade. Além disso, a religiosidade tem grande influência nas opiniões sobre estes relacionamentos, visto que algumas não os aceitam. Entretanto, essa realidade pode estar na iminência de mudança, já que, em 2016, o Papa Francisco, que possui influência mundial, disse que a igreja e os cristãos deveriam pedir perdão aos gays devido as discriminações.     Ademais, a violência aos LGBTs cresce demasiadamente. Alguns intolerantes os desrespeitam através de agressões verbais e, em casos mais graves, físicas, podendo gerar a morte da vítima. A repulsa está tão grande, que até filhos e pais estão sendo agredidos por serem confundidos com casais homossexuais, como no caso ocorrido em São Paulo, em que pai e filho foram agredidos por estarem abraçados. Outrossim, a hostilidade aos travestis e transexuais é ainda maior no país, pois, segundo o levantamento publicado pela ONG Transgender Europe (TGEu), 868 foram mortos entre janeiro de 2008 e julho de 2016, registrando o triplo de assassinatos do segundo colocado no ranking, o México. Por conseguinte, o Brasil é o país em que mais pessoas morrem devido sua escolha afetiva.      À luz do exposto, medidas são necessárias para resolver esse problema. Desse modo,  a mídia e indivíduos com grande influência social devem realizar propagandas avessas à intolerância sexual, visando a conscientização das diferenças no corpo social e o respeito aos LGBTs, no intuito de promover a aceitação deste grupo. Por sua vez, o Poder Legislativo deve estabelecer leis contra à prática da homofobia, afim de punir os homofóbicos e viabilizar a diminuição desses casos, contribuindo para a segurança deles. Junto à isso, o Ministério Público deve realizar as investigações dos casos de homicídios, afim de agilizar os processos e garantir que os responsáveis sejam condenados segundo à lei.