O Brasil é mundialmente conhecido por sua diversidade cultural. Ao longo do seu processo de construção, o país tornou-se miscigenado, sendo composto por várias etnias, crenças e culturas. Porém, apesar desses fatos, o Brasil sofre com um grave problema de intolerância sexual, formada pelo reflexo de uma filosofia preconceituosa impregnada na sociedade. Como combater esta realidade que implica na harmonia? Primeiramente, é preciso entender que a homofobia começa na educação, ou seja, na falta de conhecimento sobre orientação sexual. De acordo com Durkheim, o fato social é a forma coletiva de agir e de pensar. Seguindo a teoria do sociólogo, é observável que crianças e jovens aderem a opinião de pais, familiares e outros conviventes, não sendo educados, no entanto, a pensar o contrário em seu âmbito educacional. Isso ocorre pelo fato de instituições de ensino negligenciarem o assunto, não o abordando da maneira devida. Além disso, é necessário analisar a relação entre conservadorismo e ausência de políticas públicas que criminalizem a homofobia. É evidente que parlamentares e representantes do judiciário, baseados em pensamentos fundamentalistas, não propõem ou executam leis que protegem aqueles de opções sexuais diferentes da considerada, de forma errônea, como natural. Há, inclusive, medidas que vão contra os direitos dessas minorias, como a proposta de cura gay autorizada, recentemente, por um juiz brasileiro. Destarte, é possível compreender que a homofobia no Brasil está enraizada e deve, portanto, ser combatida. Instituições de ensino devem realizar projetos e oficinas abordando a diversidade sexual como um mecanismo natural da espécie humana e de outras espécies, e como o preconceito gera problemáticas na harmonia da sociedade. Aos parlamentares, cabe a proposta de medidas que visem a proteção da comunidade LGBTQ, bem como a proibição de intervenções terapêuticas para a cura de tal condição, que não pode ser considerada uma doença, mas sim um fator natural, inerente ao ser humano.