Enviada em: 05/10/2017

"Torna-se quem tu és". A frase de Nietzsche aconselha o ser a se transformar naquilo que realmente é, sem se importar com o corolário de suas escolhas. Contudo, tal ideia tem se mostrado contraproducente quando o assunto é homofobia. Isso se dá, em virtude de preconceitos e descriminações na sociedade hodierna, somado a visível ineficácia da legislação vigente, deixando então,  inviável a concretude do pensamento Nietzschiano.     Em primeiro lugar, é válido observar que a homofobia vem desde épocas mais remotas. Bom exemplo disto, é a presença de tal fenômeno nos campos de concentração nazista, na qual homossexuais juntamente com judeus, deficientes e ciganos, eram torturados e mortos em nome da " supremacia da raça ariana". De maneira análoga, o contexto social pós-moderno tem seguido caminhos homólogos aos tomados na política segregacionista de Hitler, em que o indivíduo adota a necessidade de impor sua sexualidade perante os outros por meio de caráter agressivo. Tal cunho racista, dissemina-se desde das famigeradas "piadinhas" ridicularizantes até atos de violência física e assassinatos.      Outro ponto que pode ser analisado, é titulo brasileiro de país com maior número de homicídios de LGBTs das Américas segundo a ILGA( Associação Internacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transsexuais). Isso se dá, por mérito da ausência de leis especificas para crimes contra grupos de homoafetivos, que além de sofrerem muitas vezes com a falta do apoio familiar, estão expostos também, à ações violentas por parte de indivíduos que praticam atos de selvageria, desconstruindo assim, o exposto no artigo 5º da constituição brasileira, além de regredir no progresso civilizatório da humanidade.     Com isso, percebe-se que a homofobia é uma problemática que anceia pro mudanças. Tendo em vista isso, o Ministério da Justiça tem o oficio de criar legislações especificas para grupos homoafetivos, afim de torna legitimamente crime a prática da homofobia. Cabe ao terceiro setor juntamente com a Polícia Civil a criação de canais de ouvidoria com o fito de ampliar as denuncias de casos de violências homofóbicas, além de desenvolver nos indivíduos LGBTs o sentimento de inclusão e proteção, cumprindo assim, um direito constitucional. Outrossim, á mídia tem o papel de promover a propagação dos direitos  humanos, buscando semear empatia e respeito para com as diversidades. Esses são apenas algumas da medidas que podem ser adotadas visando melhorias. Afinal, para Confucio, não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.