Enviada em: 10/10/2017

Amor Sem Precedentes        De acordo com Platão, só pelo amor o homem se realiza plenamente. Nessa perspectiva, as relações homoafetivas encontram diversos obstáculos na sociedade como a questão religiosa, o reconhecimento, o preconceito e a invisibilidade social. Logo, faz-se necessária a análise acerca deste assunto tão relevante na conjuntura brasileira.        Primordialmente, é válido ressaltar que o preconceito com casais homoafetivos está enraizado na sociedade, sobretudo, pela instauração de valores e princípios por religiões abraamicas - cristianismo, judaísmo e islamismo. Neste panorama, importante destacar que não é errado seguir qualquer tipo de crença, contudo a opção sexual dos indivíduos deve ser respeitada, especialmente por se tratar de uma questão inerente à privacidade e intimidade. Na atualidade, muitos casais sofrem ,ainda, com intimidações, agressão verbal e violência física, atos que devem ser repudiados pela sociedade.          Ademais, o Supremo Tribunal Federal interpretou a Constituição a favor da união de casais do mesmo sexo. Assim, é imprescindível que a nação brasileira aceite e reconheça esses casais. Afinal, o amor não tem precedentes, não pode ser inferiorizado, menosprezado e, tampouco, rotulado como certo ou errado. Segundo Martin Luther King, se somos ensinados a odiar, também podemos ser ensinados a amar.             Somado a isso, a homofobia se mostra velada na sociedade, especialmente, no que se refere ao setor midiático. Os mais diversos meios de comunicação como novelas, filmes e músicas representam as pessoas homossexuais como indivíduos caricaturizados, na maioria das vezes nos núcleos de comédia. Essas atitudes corroboram para a limitada representatividade e a perpetuação de estereótipos destes grupos como extravagante, frágil e afeminado. Conforme o conceito criado por Pierre Bourdieu, isto seria uma violência simbólica, já que causa danos morais, psicológicos, além de afetar diretamente a luta por igualdade.           A homofobia, portanto, deve ser superadas em todo organismo social. Para isso, as escolas e as ONGs locais podem realizar palestras e debates, para as crianças, aos finais de semana sobre a importância da representatividade e do respeito para essas minorias sociais, para que no futuro o Brasil tenha cidadãos responsáveis e conscientes. Concomitantemente, os setores midiáticos devem apresentar personagens que representem de fato os homossexuais e a sua luta por igualdade de direitos, para que estes possam ter maior visibilidade na sociedade. Dessa maneira, será possível que o povo brasileiro respeite cada vez mais as diferenças sociais da Nação.