Enviada em: 25/10/2017

Liberdade, Igualdade e Fraternidade foram os principais lemas da Revolução Francesa, onde todos os indivíduos deveriam viver como iguais, sem grandes diferenças sociais, de educação, e renda. Todavia, no contexto brasileiro, esses ideais não são praticados por uma parcela da população, uma vez que, o país sofre complexos problemas acerca da homofobia. Nesse viés, convêm analisar as principais causas e suas possíveis soluções, haja vista que não só aspectos socioculturais, mas também a inadvertência do governo ratificam tal mazela.         Em primeira instância, vale salientar que as heranças históricas corroboram para o empecilho. Isto é, no Brasil colônia, o homem só era considerado "macho" se pegasse muitas mulheres, o mesmo acontecia com as garotas, as quais eram destinadas a arranjar um marido para se sentirem completas. Nesse sentido, contemporaneamente, esse pensamento enraizado fomenta a intolerância aos desvios tradicionais. Tendo em vista que a nação tupiniquim é o país que mais mata homossexuais no mundo, simplesmente, por não aceitarem uma orientação sexual diferente do heterossexual.      Outrossim, cabe ressaltar que a negligência do governo é um dos principais causadores do agravamento do entrave. De fato, a constituição federal, de 1988, não considera homofobia como crime. Dessa forma, as vítimas agredidas têm medo de denunciarem, por não possuírem nenhuma segurança legislativa que os assegurem de futuros atos de brutalidade. Consequência disso, na maioria das vezes, é o sentimento de insegurança e fobia social, o que confirma a teoria de Rousseau na qual dizia que "o homem é livre, porém vive acorrentado".          Urge, portanto, a essencialidade de medidas tangíveis que diminuam esse pensamento retrógrado da sociedade, e de leis que amparem a população LGBT brasileira. Para isso, o MEC, em parceria com a mídia, por meio de verbas destinadas à educação, deveriam criar propagandas, nos intervalos de jornais televisivos, com LGBTs e heterossexuais convivendo juntos e respeitando o principio de alteridade, com o intuito de evidenciar que todos são iguais. Além disso, o poder Legislativo, em parceria com o poder Executivo,  por meio de ações na câmara dos deputados, deveria acelerar o projeto de lei, já previsto na câmara, que criminaliza atos homofóbicos em geral, e fiscalizar quando a lei começar a vigorar, com a finalidade de garantir segurança a essa minoria. Assim sendo, os ideais iluministas da Revolução Francesa serão, realmente, postos em prática no Brasil.