Enviada em: 12/04/2017

Frutos fatais  Compras desenfreadas e indiferença ao descarte de seus resíduos acompanham a sociedade brasileira. Diante da oferta de inúmeros produtos e suas variedades, raramente são observadas se suas procedências e formas de fabricação são danosas ao meio ambiente, trazendo consequências à todos os seres vivos por um indefinido espaço de tempo.  Após a Terceira Revolução Industrial a fabricação de artigos obsoletos tornou-se intensa, gerando aquisições intermitentes destes. O padrão de consumo agrega a este cenário a ignorância aos processos produtivos, valorizando empresas sem o compromisso com a sustentabilidade que tradicionalmente possuem mais espaço no mercado. Por consequência produtos ecologicamente corretos ficam restritos a meio específicos, perpetuando assim para a degradação do meio ambiente.   Não obstante, roupas, cosméticos, eletrônicos e plásticos são produzidos em larga escala sem a menor preocupação por parte da maioria das multinacionais sobre a poluição gerada ou as consequências que a extração de suas matérias-primas trarão para a biosfera. Em associação, governos estaduais e municipais por todo o país não disseminam a prática da coleta seletiva e o uso de aterros sanitários, provocando a contaminação de solos e rios pela deposição inadequada desses rejeitos.  Torna-se claro, portanto, que o consumo sustentável e consciente para o menor impacto ambiental possível não é amplamente realizado devido às compras desordenadas. A divulgação de sites de vendas exclusivamente ecológicas, assim como a regulamentação por leis federais de medidas benéficas ao meio ambiente e selos para a identificação de tais produtos nos rótulos facilitaria a alteração desse quadro inaceitável que a sociedade impõe ao planeta.