O custo do consumo Nas últimas décadas, a preocupação com o consumo sustentável vem crescendo. Entretanto, ser sustentável não pode se resumir em práticas, como consumir mais produtos recicláveis, isso, apesar de certo não é suficiente. Ronald Coase, economista ganhador do prêmio Nobel em 1991, corrobora à essa tese ao dissertar que o verdadeiro valor de um produto é aquele que mensura não só o custo da produção, mas o impacto ambiental deste ao ser produzido e consumido pela sociedade, ou seja, o custo social. Assim, para atenuar o impacto do consumo é necessária uma mudança de mentalidade da sociedade. Em primeiro lugar, o Estado, liderado pelo Ministério do Meio Ambiente, deve desenvolver uma agenda que visa a propagação do conhecimento do custo social. Por exemplo, integrado à outras pastas, a saber, da Educação, da Fazenda, bem como do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão o governo pode criar políticas públicas, como cursos integrados entre escolas e empresas. Nessa integração, os alunos teriam a oportunidade de aprender sobre o impacto gerado na fabricação e consumo dos produtos por eles consumidos. Além disso, é necessário que o poder executivo aplique sanções pecuniárias no caso do não cumprimento das legislações que versam sobre o desenvolvimento sustentável. Ainda, os pais – primeiros educadores das crianças – além de incutir pequenas condutas sustentáveis em seus filhos, têm o dever de ensinar o valor social do consumo e mostrar a importância da sustentabilidade na vida comunitária. Por outro lado, a mídia, por ser uma formadora de opinião, precisa divulgar o entendimento sustentável e as ações governamentais em prol deste. E, caso a administração pública seja omissa, os meios de comunicação devem informar a população para que esta reivindique mudanças. Em suma, é matéria de fato que ser sustentável não pode se resumir em práticas, mas, em uma ideia, um estilo de vida a ser incorporado pela sociedade. Portanto, a ação integração entre governo, família e mídia é imprescindível para a conscientização da população sobre o custo social da produção e consumo.