Enviada em: 16/04/2017

Disciplinas como História e Geografia permitem o aprendizado por meio de releituras de posturas e decisões equivocadas tomadas por uma nação. Perceber em pleno século XXI a manutenção de erros como os impactos que o consumo pode afetar no meio ambiente é constatar que nem sempre, entretanto, transformamos informação em aperfeiçoamento. É válido considerar, antes de tudo, acerca da postura da sociedade sobre a questão. Quando o antropólogo Roberto DaMatta afirma que, para se virar uma pagina por completo, necessita-se de um processo de releitura, corrobora a ideia de que analisar o passado é essencial para evitar erros futuros. Entretanto, o cenário atual é de uma sociedade que parece ignorar os equívocos já cometidos, muitas vezes colaborando, ainda que indiretamente, para a existência de danos ao meio ambiente, como ao frequentar lojas cujas produções possuem praticas não sustentáveis. Cabe apontar também o papel do Estado nesse processo. Ainda que o Brasil ocupe a 5° posição no ranking mundial de geração de energia eólica, sua matriz energética é composta principalmente por usinas hidrelétricas, o que acarreta a destruição da vegetação natural e o assoreamento do leito dos rios. Este panorama ilustra a falta de investimento estatal em relação a iniciativa de implementar politicas publicas para ampliar o uso de energia renovável. Para que se reverta essa situação, portanto, além da ação da população em vigiar e boicotar empresas que não agirem de forma responsável com o meio ambiente, programas de esfera nacional, desenvolvidos pelo Ministério de Minas e Energia, aliado às faculdades públicas e privadas, que incentivem alunos da área na criação de projetos e pesquisas acerca do uso da energia renovável. Legitimar o meio ambiente equilibrado é desamarrar a História de suas velhas estórias.