Enviada em: 14/04/2017

A preocupação com os impactos do consumo não é exclusivo a contemporaneidade: conferências como a Estocolmo, em 1972, e a Eco-92 formaram o inicio da preocupação com o meio ambiente. Embora pareça paradoxal, a sociedade regride ao grau de incivilidade previsto por Thomas Hobbes, pois, mesmo com o maior acesso a informações associado a normas legais parecem ser insuficientes para diminuir as consequências do consumo no país. Assim,a fim de evitar colapsos sociais é imprescindível e possível mudanças diante dessa perspectiva. Em primeira análise, a politica nacional de resíduos sólidos,criada em 2010,que tinha como meta fechar todos os lixões até 2014, não atingiu o seu objetivo. O que comprova esse fato é que cerca de 48% do lixo produzido país está em lixões a céu aberto, e isso é preocupante, haja vista que tal forma de deposito de resíduos gera acumulo de chorume e metano, gases causadores do efeito estufa, e tornam-se casa de vetores como o aedes aegpyti. Infelizmente, fica claro que os direitos do cidadão estão somente impressos no papel e não configuram-se no cotidiano. Outrossim, quando Pierre Bourdieu afirma na sua "Teoria do Habitus",que os indivíduos são dominados pela força cultural e educativa,na qual estão inseridos, é possível aplicar tal ideia a esse cenário.Em virtude do sistema educacional falho, que não forma cidadãos críticos,o ser social começa a supervalorizar a relação homem-objeto,gerando o maior consumo e consequentemente uma exploração devastadora do meio ambiente.Desse modo, vê-se que uma parcela da população não preocupa-se com o bem-estar social,como previu José Saramago em "O ensaio sobre a cegueira ". Destarte, é necessário que a escola,mídia e sociedade crie projetos de debates sobre os impactos do consumo desnecessário com o intuito de valorizar o bem estar social.Ademais,o Estado deve aumentar o poder de órgãos fiscalizadores como a vigilância sanitária para  garantir a efetivação da Lei de resíduos sólidos  e construção de aterros sanitários,estabelecendo multa aos municípios que não a cumprirem.