Enviada em: 10/07/2017

De acordo com o filósofo Jean-Paul Sartre, o Homem é livre e, consequentemente, responsável por seus atos. Nesse sentido, é um dever antrópico fazer suas ações não terem negativos impactos ambientais. No Brasil, entretanto, o consumo exacerbado e a falta de conscientização populacional tornam essa questão um desafio que, caso não seja resolvido, continuará a trazer realidades danosas à natureza.     Inicialmente, é necessário entender as causas do problema. À vista disso, nota-se que, desde a Revolução Industrial no seculo XVIII, a produção de bens aumentou e, hoje, com propagandas midiáticas incentivadoras de compras muitas vezes desnecessárias, o consumismo faz-se presente na vida de grande parte dos brasileiros. Somado a isso, por não saberem os possíveis futuros efeitos de seus atos, diversos cidadãos jogam produtos em lugares inapropriados, como ruas, praias, entre outros. Dessa forma, em razão de o consumismo ser frequente nesse País, o destino desses detritos transforma-se em um caso ainda mais preocupante hodiernamente.     Diante desse cenário, são observadas maléficas consequências ambientais. Segundo o biólogo Edward Wilson, não existem motivos justificantes da destruição do legado natural da Terra. Contudo, a problemática nacional também atinge a natureza, porquanto diversas florestas são desmatadas para a geração de objetos como móveis e cadernos - com efeito, há perda de biodiversidade e falta de abrigos aos animais endêmicos da área. Além disso, os resíduos descartados em locais incorretos podem, por exemplo, chegar a rios e, por resultado, poluir essas águas, bem como matar organismos aquáticos que ingerirem o lixo. Assim sendo, para rarear esse contratempo, a mídia, através de programas e jornais, poderia, com ensimentos sobre as decorrências prejudiciais do descarte incorreto, fazer conscientização sobre a necessidade dar destino adequado aos itens sem mais utilidade.     Portanto, com o fito de alcançar uma sociedade sustentável, a situação precisa ser revertida. Logo, para reduzir a devastação ambiental, o Governo poderia oferecer subsídio às empresas que passarem a recolher, reciclar e colocar seus materiais novamente em circulação no mercado. Ademais, como tentiva de evitar a derrubada ilegal de árvores, cabe ao Poder Judiciário aumentar a penalização às empresas avistadas desmatando regiões proibidas, ao obriga-las, além de pagar multas, a rearborizar as áreas. Por fim, Organizações Não Governamentais, semestralmente, poderiam palestrar em escolas com atividades que mostrem a relevância de preservar o legado natural. Assim, os infantes crescerão ainda mais educados sobre o meio ambiente. Destarte, se tomadas essas condutas, criar-se-á uma nação com reais conceitos sartreanos e, por conseguinte, mais sensata relativo às ações ambientais.