Enviada em: 29/08/2017

Com o advento da mecanização da produção, o estímulo ao consumo tornou-se um fator primordial para a manutenção do sistema capitalista e uma preocupação ambiental. Nesse ínterim, de acordo com Karl Marx, filósofo alemão do século XIX, para que esse incentivo ocorresse, criou-se o fetiche sobre a mercadoria, assim, impulsionando o consumo, por conseguinte, o acúmulo de resíduos. Logo, o descarte inadequado de produtos, produz impactos ambientais, onde possui firmes sustentáculos no exercicio exiguo da dialética e o consumismo.         Primeiramente, segundo o pensamento do filósofo Pierre Bourdieu, as estruturas sociais são incorporadas inconscientemente nos indivíduos. Desse modo, percebe-se a despreocupação de alguns brasileros acerca da destinação correta do lixo, visto que, desde a colonização, propagou-se o pensamento que o cuidado com o meio ambiente desnecessário. Contudo, essa prática é preocupante, uma vez que, a maioria é descartada em lixões, onde o chorume produzido, gera poluição nos rios e lençóis freáticos.         Ademais, em alusão ao pensamento do filósofo Zygmunt Bauman, no qual, na atualidade vive-se em uma modernidade líquida, em que nada é feito para durar. Consequentemente, os produtos industriais são cada vez mais obsoletos e renovados periódicamente. Dessarte, aparelhos eletrônicos, produtos orgânicos e embalagens de " fast-foods ", contribuem para o aumento de animais que transmitem doenças como os ratos - Leptospirose, sarnas e alergias -, posto que, a umidade e temperatura propiciados pelos lixões acentuam a procriação dessa espécie.         Fica perceptível, portanto, que cabe ao Poder Legislativo, elaborar leis que viabilizam o aumento da conscientização em meio social desse assunto em estabelecimentos públicos, seja por cartilhas e mídias sociais - Facebook e twitter -. Além disso, ONGs devem, por meio de escolas ministrar aulas e palestras sobre a importância do consumo consciente e destinação correta dos lixos, a fim de diminuir as mazelas ambientais.