Enviada em: 30/08/2017

Sabe-se que a globalização introduz no mundo moderno a lógica capitalista, baseada, principalmente, no consumismo. À medida que a busca por inovações no cenário comercial e avanços tecnológicos vem crescendo, os impactos ambientais ocorrem em larga escala. Portanto, tanto empresas quanto sociedade contribuem para que a problemática da degradação do meio ambiente torne-se cada vez mais agravante.           Admitindo o pensamento consumista, as indústrias comercializam produtos de rápida obsolência. Nesse sentido, o consumidor necessita, em um curto período de tempo, trocar o produto adquirido. Por conseguinte, geralmente ocorre o descarte incorreto de lixos eletrônicos. Dessa forma, os resíduos tóxicos podem contaminar os lençóis freáticos e, eventualmente, a população que vive nas proximidades.            De acordo com Thomas Hobbes, o homem é o lobo do homem. Logo, é válido analisar que o indivíduo é o alvo final de suas próprias ações. Analogamente, é possível perceber que o desastre ocorrido em Mariana se encaixa na preconização do filósofo, uma vez que a extração de minério de ferro - matéria prima de diversos produtos, tais como: eletrônicos, eletrodomésticos e automóveis - gerava rejeitos depositados em barragens. Essas foram rompidas em 2015, provocando uma enxurrada de lama que culminou em graves complicações ambientais e socioeconômicas.              Destarte, infere-se que o consumo gera uma série de problemas, direta e indiretamente. Cabe ao Ministério do Meio Ambiente inserir coleta de lixos eletrônicos em locais de fácil acesso à população - lojas populares, praças e escolas - e propagar a importância do descarte consciente desses resíduos através de meios de comunicação social em massa. Outrossim, é necessária a atuação do Poder Público em empresas que extraem recursos naturais, realizando fiscalizações periodicamente.