Enviada em: 27/09/2017

O consumo de recursos naturais no território brasileiro tem um de seus pilares fundado no século XVI, com a chegada dos portugueses e a descoberta de riquezas e da diversidade canarinha. Entretanto, esse consumo atrelado ao avanço tecnológico impulsionado pela ascensão dos ciclos econômicos brasileiros, tem tido proporções alarmantes no que tange à sustentabilidade e aos recursos esgotáveis. Desta maneira, é mister analisar as causas desse problema e como ele se reflete na sociedade hodierna.  A lógica da acumulação capitalista tem se tornado um propelente cada vez maior à dependência do homem em relação às matérias-primas proporcionadas pelo meio ambiente. Com isso, ao desmatar extensas áreas verdes, tem-se afetado o equilíbrio ecológico daquele bioma e ameaçada a sobrevivência de várias espécies. Ademais, esses animais, uma vez expulsos de seu habitat natural, migram para as cidades e acabam tornando-se vetores de múltiplas doenças, o que também coloca em risco a saúde da população.  Além do desmatamento, outro fator preocupante é o crescente acúmulo de lixo tecnológico. A falta de locais adequados para o despejo e a possível reutilização desses materiais leva à disposição indevida de produtos como celulares, computadores e outros eletrônicos. Assim, uma vez que seus constituintes levam anos para se decomporem, suas substâncias químicas afetam a qualidade do solo e dos lençóis subterrâneos de água.  Posto isto, para que se alcance o consumo sustentável que vise a preservação de recursos findáveis, o Ministério do Meio Ambiente conjuntamente com as Prefeituras Municipais devem mostrar-se atuantes. Por intermédio da repressão à atuação de empresas em locais de preservação ambiental, e a adoção das devidas penalidades previstas na Lei de Crimes Ambientais, tem-se mitigado os efeitos negativos da exploração indevida de recursos naturais sobre a vida dos animais e da população. Outrossim, a implantação de postos de coleta seletiva em pontos estratégicos das cidades facilita a reutilização das matérias-primas, o que diminui também os custos de produção, além de colaborar para a manutenção da qualidade do solo e da água. Destarte, pode-se caminhar para um Brasil que possua como um de seus pilares o equilíbrio entre o consumo e a sobrevivência da sua rica biodiversidade.