Surge, ainda no século XX, um novo conceito: "sociedade do consumo", o qual foi essencialmente difundido pelo modelo de produção fordista. Com isso, houve aumento na exploração de recursos naturais e fósseis, o que ocasionou uma série de impactos ao ambiente. Embora medidas tenham sido tomadas, como a "Política Nacional de resíduos sólidos" e a Conferência de Paris, há ainda muito a ser feito. Primeiramente, observa-se um grande consumo de produtos supérfluos e de difícil descarte, como eletrônicos. Tais aparelhos ainda encontram dificuldade de serem eliminados, sendo que no Brasil a coleta é de apenas 2%. Vale ressaltar que o correto manejo desses aparelhos pode gerar lucros exorbitantes. A falta de informação, conhecimento técnico e investimento governamental são os verdadeiros expoentes nesse cenário. Com esse consumismo, expresso também na Indústria Cultural - conceito dos sociólogos Adorno e Horkheimer -, verifica-se a inabilidade da população para lidar com os apelos da mídia. No entanto, os diversos impactos ambientais sentidos têm trazido preocupação à sociedade. Problemas com lixões, o superaquecimento global e a perda de recursos como a Mata Atlântica - estima-se haver cerca de 7% do original - tem sido indagações da população que ainda não sabe como contornar esses efeitos produzidos, em parte, por eles mesmos. Logo, com a população cada vez mais consciente de seu papel como responsável pelo meio, cabe a ela reivindicar do Governo aplicação de leis já alcançadas, com a disponibilização de postos de coleta e locais de despejo ambientalmente corretos. Faz-se necessário, ainda, reeducação da população acerca de seus hábitos de consumo, conscientes da real necessidade de consumir algo e, também, de como descartá-los, valendo-se também da ideia de obsolência programada. Assim, a escola é fundamental nesse processo. Oficinas artísticas de confecção com materiais reciclados, ensinando sobre todo o trajeto daquele material, é uma forma de preparar as crianças para esse mundo consumista.