Enviada em: 12/10/2017

Hans Jonas, filósofo alemão, defende em seu livro "O princípio da responsabilidade", comportamentos que não afetem as próximas gerações. Na conjuntura hodierna, entretanto, tal ideário configura-se contraproducente, haja vista os impactos do consumo no país. Diante disso, torna-se passível de discussão, as principais causas e consequências desse empecilho para o tecido social.    Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aproximadamente 41% do lixo descartado possui destino impróprio. Nesse sentido, devido ao desenfreado consumo da população, detritos são acumulados em aterros, ruas e rios. Tal fator acarreta em graves desequilíbrios ambientais, como, por exemplo, a contaminação dos lençois freáticos - recurso essencial à sobrevivência humana -. Logo, o manejo incorreto de entulhos afeta não só a conjuntura atual como as gerações futuras, propícia, inclusive, à crise hídrica.    Outrossim, é incontrovertível a contraproducente ideologia de Hans Jonas, já que alguns acreditam serem os recursos naturais, infinitos. Nessa perspectiva, políticas, como a Agenda 21 - que visa à sustentabilidade - são negligenciadas. Nesse sentido, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 70% da água é destinada aos sistemas de irrigação, a fim de abastecer as indústrias de consumo. Tal técnica, apesar de ser um recurso inovador, gera impactos irreversíveis, na maioria dos casos, uma vez que o ciclo da água é modificado, além da ocasionar a salinização, a qual propicia o empobrecimento do solo.    Os impactos ambientais do consumo representam, portanto, um impasse em por em prática os ideários do filósofo Hans Jonas. A fim de atenuar o problema, é imprescindível a ação conjunta entre sociedade e Estado. Para isso, o Ministério do Meio Ambiente deve cumprir as políticas públicas, por intermédio do incentivo à sustentabilidade em propagandas midiáticas: separar resíduos secos dos molhados, bem como a reutilização da água. Dessa forma, construir-se-á o Brasil em um país sustentável ..consciente em