Enviada em: 18/10/2017

Após a Guerra Fria, o modelo econômico capitalista ganhou força, principalmente nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos, dando início a era do consumismo. Desse modo, as industrias se expandiram e começaram a produzir em grandes quantidades, devido a forte demanda requisitada pela população, contudo, o progresso desse setor gerou conturbações no ambiente que causam problemas para vida no planeta. Analisando esse contexto atrelado a conjuntura atual, nota-se uma problemática na questão dos impactos ambientais produzidos pelo consumo, sendo um desafio ético e político a ser enfrentado.       No Brasil, a industrialização ocorreu principalmente no governo de Getúlio Vargas, progredindo os mercados nacionais e elevando a economia do país. Todavia, as industrias emitem altas taxas de CO2, responsável pelo aumento do aquecimento global, além de poluir o ar atmosférico com outros poluentes liberados. Ademais, para produção das mercadorias é necessário uma grande quantidade de água e outros recursos naturais, como madeira para fabricação de móveis, sendo inevitável o desmatamento das florestas, logo, com a rapidez na modernização dos produtos o descarte dos materiais antigos se torna algo comum no meio social.       Por consequência, o crescimento nos índices de lixo ultrapassam a quantidade que os lixões comportam, gerando um acumulo bastante significativo que acarreta em problemas como a contaminação da água e do solo, por meio do chorume e na concentração de animais que transmitem doenças, trazidos pelos resíduos. Desse maneira, além da água gasta para fabricação dos produtos, outra parcela é contaminada, diminuindo a porcentagem disponível para o uso. Nesse cenário, o pensamento do filósofo iluminista Adam Smith entra em pauta, pois este alega que o único propósito da produção é o consumo.       Portanto, são imperativas ações que visem garantir a ética e o compromisso humano. Como gestor administrativo, o Estado deve fiscalizar leis a fim de punir ações antiéticas, como grandes liberações de CO2 na atmosfera, para que isso ocorra é necessário um levantamento dos índices dessas emissões. À educação, como ação modificadora da realidade, cabe promover debates relacionados ao consumo, sendo este o principal responsável do aumento na fabricação, com o intuito de ampliar o senso crítico dos alunos. Por fim, cabe ao indivíduo a prática do olhar atento em sua volta através de ações que possam colaborar para diminuição dos lixos descartados, esse trabalho pode ser realizado por meio da reutilização de produtos que podem ser utilizados no cotidiano da população. Só assim será possível atingir uma sociedade ética, justa e sustentável.