Enviada em: 07/10/2018

Diz-se, coloquialmente, que a água é o bem mais preciosos da Terra. Essa máxima, nesse viés, é evidenciada pelas diversas civilizações que desenvolveram-se em decorrência dos rios - a egípcia aos arredores do rio Nilo, por exemplo. Observa-se, entretanto, que a escassez desse recurso origina conflitos e a persistência da pobreza no século XXI. É fulcral, dessa maneira, analisar esses impactos para atenuá-los e possibilitar o desenvolvimento da sociedade.       A priori, convém ressaltar que a água foi e ainda é origem de diversos confrontos, e, por conseguinte, a escassez dessa ascende ainda mais o embate entorno dela. Nesse contexto, observa-se que a água, por ser um bem essencial para o sobrevivência e por não estar disponível para todos, origina conflitos para o domínio e controle sobre ela. Evidência disso são os enfrentamentos na região de Israel e da Palestina, que favorece o lado judaico em razão do comando sobre as Colinas de Golã - área com nascentes de diversos rios -; e também os recorrentes confrontos na África Subsaariana. Desse modo, é necessário, assim como abordado pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, efetivar o compromisso dos países para a distribuição e acesso universal à água.       Outrossim, em uma análise mais extensiva, infere-se que os recursos hídricos são indispensáveis para o desenvolvimento humano, seja ele biológico, seja ele social, urbano, econômico ou cultural. Graciliano Ramos, por exemplo, tornou notório essa constatação ao retratar o drama da uma família de retirantes vítima da pobreza e da seca no livro "Vidas Secas". Nesse prisma, percebe-se que, com a falta desse bem é impossível o desenvolvimento coeso e harmônico da sociedade, uma vez que dificulta a agricultura, a mobilidade, a higiene e, de uma maneira geral, o progresso e a sobrevivência, fato que, por conseguinte, leva à pobreza. Nota-se, portanto, que é imprescindível corrigir os impasses tangentes à falta de água com intuito de atenuar ou erradicar os impactos à vida humana.       Compreende-se, pois, que os recursos hídricos devem ser cuidados de maneira a evitar os impactos tais como os supracitados. Dessarte, urge que as nações, com auxílio dos órgãos internacionais e dos países desenvolvidos, elaborem um programa de administração conjunta dos recursos hídricos regionais, por meio de comissões com representantes de cada país que depende do manancial hídrico e com profissionais especialistas em uso sustentável da água oferecidos pelos grandes órgãos como a ONU, para que os conflitos sejam restritos ao âmbito do diálogo, o acesso à água seja garantido para todas as pessoas e a utilização e conservação desses recursos sejam eficazes. Com isso, o senso comum de preciosidade da água tornar-se-á verídico para todos e a água poderá ser fonte de desenvolvimento de outras tantas civilizações.