Enviada em: 04/10/2018

Observa-se uma contínua e preocupante escassez de água potável em países periféricos. Esse problema afeta substancialmente o quadro social do mundo. Portanto, solucionar esse óbice é fundamental para o cultivo de uma sociedade coesa e em constante progresso.    Em primeira instância, nota-se uma falta de investimentos em sistemas de captação, armazenamento, distribuição e irrigação de água precipuamente em países subdesenvolvidos. Uma vez que, a maioria desses Estados soberanos não possuem recursos financeiros disponíveis para construção dessas infraestruturas. Segundo Antônio Callado, jornalista, os países até possuem a verba para o investimento, contudo há como exemplo, no Brasil, uma indústria da seca em que os políticos desviam o dinheiro referente à mitigação da estiagem no nordeste. Com efeito, a população mais pobre desses lugares fica desprovida do bem mais essencial à vida humana: a água.    Em segundo plano, outro fator que dificulta o acesso desse recurso é a poluição. Isto ocorre devido a falta de saneamento e destino correto do esgoto que, pela má gestão estatal, acaba por ser despejado em rios e mananciais do país. Em consequência disso, há uma redução de água potável nas cidades acarretando, assim, a sua escassez.     Urge, portanto, que o Ministério Público, em parceria com a Polícia Federal, investigue os casos de corrupção envolvendo as licitações com obras superfaturadas principalmente no nordeste para que o capital de investimento de infraestrutura do Estado relativo às obras de captação e distribuição de água chegue à população carente. Outrossim, é necessário que a sociedade postule ao Governo, através de protestos contra o desamparo estatal, o direito ao saneamento e ao correto manejo hídrico — direito assegurado a todos os cidadãos pela Carta Magna de 1988.