Enviada em: 28/09/2018

Com o advento da Revolução Industrial, devido ao aumento considerável das indústrias, e também a eclosão da Revolução Verde, que elevou ainda mais as atividades agrícolas, houve uma maior exploração dos recursos da natureza, o que gerou muitos impactos. Um deles está relacionado com a água, a qual se torna cada vez mais escassa, em virtude principalmente do seu desperdício e do crescimento da agricultura no mundo.    Em primeiro plano, vale destacar a pesquisa realizada pela Sabesp (saneamento básico no Estado de São Paulo), a qual aponta que para a produção de um quilograma de arroz, utiliza-se 2500 litros de água, mostrando a grande quantidade desse líquido que as lavouras demandam, que muitas vezes é desperdiçado, nesse caso, no processo de irrigação. Paralelamente a isso, o aumento populacional avança de forma desenfreada, e por consequência, eleva a necessidade de alimentos, o que acarreta no uso abusivo da hidrosfera, sendo que 69% dela já é utilizada somente para as práticas agrícolas.   Concomitantemente a isso, o desperdício da água é um dos problemas mais graves referente a sua disponibilidade. E isso está relacionado com o uso irracional por parte da população, de forma que tomam banhos demorados, deixam a torneira ligada, e que até mesmo por falta de informação, tratam a água doce como um bem eterno, quando na verdade ela já tende a insuficiência em algumas cidades do Brasil. Além disso, por conta de vazamentos, ligações irregulares e falta de medição nos sistemas de abastecimento hídrico, cerca de 40% da água é desperdiçada, de acordo com pesquisas da EOS, especialistas no segmento de saneamento básico, o que revela a dimensão dessa perda.    Com essas constatações, fica evidente que a deficiência hídrica ainda é um problema no país. Para minimizar esse fenômeno, é necessário que as indústrias, em conjunto com o Governo, financiem os agricultores para que eles possam modernizar as infraestruturas de irrigação, como a técnica de gotejamento, por exemplo, a qual fornece somente o volume necessário para a planta, evitando os desperdícios, e por conseguinte, fornecendo mais água para as cidades que sofrem com a sua escassez. Ademais, as Instituições educativas, juntamente com a mídia, devem disseminar campanhas e palestras que abordem o assunto, visando o uso consciente desse recurso da natureza, a fim de decair consideravelmente o gasto exagerado desse bem.