Enviada em: 30/09/2018

De acordo com as Leis Newtonianas, toda ação gera uma reação de mesma intensidade, entretanto de sentidos opostos, análogo a isso há ações antrópicas que provocam reações que trazem consigo problemas aos seres humanos. Por exemplo, o desperdício exacerbado de água, no século XXI, que tem como consequência a ausência de recursos hídricos. Dessa forma, necessita-se discutir como que a matriz energética ambilátera e a negligência governamental contribuem para a escassez de água.           Primordialmente, percebe-se que a matriz energética brasileira é extremamente dependente de recursos hídricos, visto que cerca de 61% é oriundo das hidrelétricas segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Nesse aspecto, é necessário que os reservatórios se mantenham abastecidos, todavia quando esse objetivo não é alcançado por vezes apresenta o aumento nas contas de energia da população, sobrecarregando-a. De modo, que o Brasil fica à merce da utilização de fontes não renováveis de energia, a exemplo dos combustíveis fosseis, e sofre consequentes impactos ambientais, como o aumento de temperatura.      Além disso, nota-se que a escassez hídrica ocorre, principalmente, pela ineficácia estatal no que tange à distribuição de água potável ofertado à população. Conforme definiu o filósofo Thomas Hobbes, as pessoas abririam mão de suas liberdades individuais do "Estado de natureza" para adentrar no "Estado de sociedade" como forma de garantia de ordem. No entanto, observa-se que tal garantia tem se tornado duvidosa no meio social, visto que a população, sobretudo, as camadas mais pobres, muitas vezes, não possuem uma distribuição de água propícia para a sobrevivência. Não é à atoa que segundo Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, cerca de 34 milhões de brasileiros não tem acesso à rede de abastecimento de água potável. Em decorrência desse fato, culmina na proliferação de doenças, bem como, a limitada disponibilidade para fins domésticos e pessoais.     Urge, portanto, a tomada de medidas para resolver o impasse. Em razão disso, o Ministério de Minas e Energia deve investir na diversificação da matriz energética brasileira, como a eólica e a solar, por iniciativas privadas ou governamental, devidamente fiscalizado financeiro e ambientalmente. Também é mister, o financiamento de pesquisas com foco em minimizar impactos ambientais e sociais, buscando novas tecnologias sustentáveis e variáveis para obtenção de energia, com o objetivo de diminuir os efeitos que um racionamento de água pode afetar na obtenção de energia. Ademais, a União por meio de projetos comunitários, deve promover a efetivação dos sistemas de saneamento nas regiões mais necessitadas do país, a fim de garantir o acesso à água limpa e a estabilidade da população.