Enviada em: 01/10/2018

As primeiras sociedades humanas tiveram seu desenvolvimeto possibilitado às margens de rios localizados no crescente fértil. É pressuposto, portanto, a necessidade da água para a vida humana e o quanto sua escassez pode prejudicá-la, uma vez que, quando ocorre, são desencadeados problemas socioeconômicos, como migrações, fomes e doenças.   Nesse contexto, a poluição ameaça à água potável disponível e, consequentemente, à saúde humana. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 1,5 milhão de crianças morrem todos os anos acometidas por doenças provenientes da falta de saneamento básico, e no Brasil, hoje, a ocorrência deste advém da má administração pública e da extensão territorial que atingem, principalmente, áreas mais precárias, como as regiões Norte e Nordeste do país.   Ademais, o estresse hídrico é, ainda hoje, precursor do fenômeno da migração acentuada em direção aos centros urbanos. A partir dessa perspectiva, a obra ''Morte e vida severina'' de João Cabral de Melo Neto expõe as barreiras enfrentadas pelos sertanejos por conta da seca, como a fome resultante do plantil escasso, acentuando, assim, seja em meio literário ou real, problemas como o baixo índice de desenvolvimento humano e, indiretamente, o êxodo rural.   É perceptível, portanto, a necessidade de ações que subvertam a atual realidade hídrica em âmbito nascional. Para isso, os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, com auixílio de ONGs e veículos midiáticos, devem levar informações, principalmente aos locais mais remotos, por meio de palestras em espaços públicos e campanhas nas redes sociais e televisão, que contenham o modo de profilaxia de doenças ocasionadas pelo consumo de água não potável, as ações individuais que visam minimizar o desperdício hídrico e o modo de buscar às ações estatais que democratizem o acesso à água limpa.