Enviada em: 05/10/2018

No início do século XV, ao chegar no Brasil, Pero Vaz de Caminha relatou em uma de suas cartas: "aqui nessa terra as água são infindas". Contudo, verifica-se que o escrivão estava equivocado, haja vista que a escassez de água hodiernamente reflete negativamente não só no âmbito econômico do país, mas também em sua biodiversidade. Dessa forma, políticas de cunho ambiental devem ser tomadas para amenizar esse impasse.     Em primeiro plano, a escassez de água fragiliza a economia nacional. Nesse viés, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 72% da água consumida no país concentra-se na agropecuária. Diante disso, tal fato de mostra um grave problema, haja vista que a carestia desse líquido resulta na queda de produção do setor primário, logo, na redução da oferta de alimentos, em destaque nas camadas mais pobres da população.    Ademais, a falta de água fomenta a degradação do meio ambiente. Nessa conjuntura, segundo análises da Geografia Física, regiões submetidas à carência de água por longos períodos tendem a se tornar áreas desérticas. Diante do exposto, fica claro que a escassez desse fluido reflete na degradação da biodiversidade, tendo em vista que, em decorrência disso, o cerrado brasileiro já perdeu boa parte de sua fauna e flora. Dessarte, não é razoável que o Brasil banalize essa problemática.       Portanto, torna-se evidente que medidas são necessárias para amenizar os impactos escassez de água no Brasil. Primeiramente, Embrapa, com o auxílio financeiro do Poder Executivo, deve, por meio de pesquisas, buscar o desenvolvimento de técnicas controladas, como a transgenia, que tornem as plantações mais resistentes aos períodos de secas,  visando assegurar a produção agrícola. Similarmente, o Ministério do Meio Ambiente deve, por meio do reflorestamento das matas ciliares, restaurar as nascentes dos rios dos biomas ameaçados de desertificação para que a fauna e a flora seja recomposta. Com efeito, o Brasil reverterá a situação da carestia de água e fará jus ao registo de Pero Vaz de Caminha em sua carta.