Enviada em: 03/10/2018

Em "Mad Max: estrada da fúria", filme dirigido por George Miller em 2015, apresenta uma história de um mundo pós-apocalítico em que a água torna-se um artigo raro e alvo de disputas entre tribos, uma vez que este recurso se encontra cada vez mais exíguo. Não obstante da ficção é comum observar os impactos da escassez da água no mundo hodierno, como a apologia do filme aos principais conflitos na África e no Oriente Médio, e também, no crescente aumento de mortes por falta do acesso a este recurso.          Mormente, a água é um imprescindível recurso natural, considerado como estratégico em razão da sua importância para a vida das pessoas e das sociedades tornando-se valiosa, como uma propriedade. Deste modo, além da sua retenção para usufruto, é também sinônimo de poder, uma vez que o grupo que detém seu fluxo natural, dita regras sobre os demais. Sendo assim, é corriqueiro o recrudescimento  de confrontos por este recurso como exemplo no território da Palestina, cujo a população local é privada de ter acesso às fontes locais pelo próprio governo de Israel, sendo um dos fatores que elevam a instabilidade política em uma área com grandes desertos e pouco potencial hídrico. Ademais, a lógica em outras regiões do mundo parece ser a mesma, na África, o rio Nilo passa pela mesma disputa por parte de Etiópia, Egito e Sudão.            Todavia, as disputas pelo potencial hídrico não é o único impacto gerado pela escassez de água, há também o florescente número de óbitos no mundo em virtude da ausência funcional da água no individuo como processo vital e na prevenção de doenças. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef),a falta de água no mundo mata uma criança a cada 15 segundos, totalizando cerca de 3,5 milhões de mortos todos os anos. Dados que poderiam ser evitados se os governos investissem mais em acesso a água. Dessarte, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, estava certo em escrever em seu livro "Cegueira Moral" que o mal do homem não está somente vinculados às guerras, mas sim, a frequência em que o homem deixa de reagir ao sofrimento alheio.          Nessa perspectiva, conforme os argumentos supracitados, cabe a Organização das Nações Unidas (ONU) como pacificadora e defensora dos diretos humanos em solucionar  os problemas envolto da água como conflitos e seu acesso, por intermédio de uma maior gerência na criação de leis e posteriormente nas suas aplicações no países do globo, a fim de promover a paz e investimentos no alcance do recurso hídrico.