O Brasil destaca-se pelo seu grande potencial hídrico em várias partes do seu território. Dito isto, seria impensável situações extremas de escassez de água como vistas no filme Mad Max, ganhador de 6 estatuetas do oscar em 2016. Contudo, em um cenário de consumo desenfreado do recurso em questão pelas industrias; hidroelétricas e até da própria população, juntamente com o ciclo desregulado das chuvas em nosso território, podem acabar algum dia dando margem a esta dura e crítica situação. "A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba", dizia João Guimarães Rosa. Cada brasileiro consome 108,4 litros de água por dia, segundo os dados de 2015 da pesquisa (CEAA) 2013-2015, divulgada pelo IBGE, tendo como principal vilão a agropecuária, que gasta 91,5 litros. Aliados a grande produção industrial pra atender ao mercado, poluindo e perdendo água no processo; e a desinformação nas escolas sobre o consumismo descontrolado, principalmente da água, diminui a distribuição deste recurso e tornando-a acessível apenas pra quem tiver mais dinheiro. Tem que se destacar também casos como o Sistema Cantareira, onde há a formação de grandes estiagens, graças a enorme dependência de hidroelétricas como forma predominante de energia e que derrubam o próprio volume hídrico. Esse mesmo sistema que destroi as matas ciliares, desregula totalmente o ciclo de chuvas que necessita para atender o consumo energético do mesmo povo que já desperdiça e polui água de outras maneiras( como na fabricação de carros; falta de manutenção de rios e encanamentos que percorrem as cidades e etc). Nesse sentido, torna-se evidente, portanto, a importância de evitar de inundações em áreas florestais para promover a instalação de hidrelétricas, que são o suprassumo do abastecimento industrial e doméstico. E não só isso, como também problematizar e estimular educação financeira e sustentável nas escolas. Porém, não é apenas dever do cidadão combater o desperdício, onde serviços de distribuição de água precisam melhorar.