Enviada em: 07/10/2018

O impasse da crise hídrica mundial   A água é o principal composto inorgânico necessário para a manutenção do funcionamento metabólico dos seres humanos. Porém, apesar da necessidade urgente dessa substância, os problemas relacionados a sua escassez ainda perduram no século XXI. Esse quadro caótico advém de fatores fisiográficos e socioeconômicos que culminam na má distribuição dos recursos hídricos e na perda da qualidade de vida populacional.    De início, é importante citar que países como o Canadá e o Brasil possuem características geográficas favoráveis à abundância de água em seus territórios. Dentre esses fatores, destacam-se a presença de extensas áreas de geleiras em derretimento e bacias hidrográficas, além de configurações climáticas favoráveis à preservação desses recursos. Em contrapartida, países como o Quênia e a Arábia Saudita permanecem em situações emergenciais de falta d´água causadas por suas localizações pobres em fontes aquáticas e condições climáticas desérticas. Dessa forma, é possível perceber a desigualdade de distribuição da água e a dificuldade para repartir esse composto químico com equidade.   Além disso, é possível observar que fatores sociais e econômicos influenciam na distribuição da água e contribuem negativamente para a qualidade de vida da população em países assolados pela escassez. Esse panorama pode ser elucidado através de dados disponibilizados pela Unipacs, os quais demonstram que um cidadão norte-americano (país com suficiência relativa de água) consome 163 litros a mais do que um brasileiro (país com água abundante). Através dessa constatação, conclui-se que a geopolítica, o poder econômico e a influência social do país interferem diretamente na sua capacidade de consumo da água, então países menos desenvolvidos e pouco influentes economicamente padecem com a carência do recurso e, consequentemente, com a falta de alimentos, a higiene precária, a desidratação e com as patologias decorrentes desses aspectos.    Portanto, torna-se evidente a necessidade de intervenção na condição mundial de distribuição dos recursos hídricos. Em primeiro lugar, é importante que a ONU e os governos dos países invistam em técnicas de dessalinização e filtração da água, em conjunto com propostas de trocas entre países vizinhos, visando diminuir o quadro de escassez e de distribuição desigual da água. Em segundo lugar, deve-se solicitar das redes midiáticas mundiais a divulgação de programas de televisão, comerciais de rádio, palestras e propagandas impressas, com o objetivo de promover a educação da população quanto ao uso consciente da água, principalmente nos países com consumo elevado desse recurso.