Enviada em: 19/10/2018

Na Antiguidade, os pioneiros na construções de diques e canais foram os egípcios. A criação surgiu da necessidade de melhor aproveitar a água do Rio Nilo para irrigação das terras com o objetivo de torná-las mais férteis para o cultivo. Do mesmo modo, esse recurso natural possui igual importância nos dias atuais. Contudo, apesar de estarmos em pleno século XXI, não há uma distribuição igualitária do líquido, seja pelo consumo desregrado, seja pelo aumento populacional.    É relevante abordar, primeiramente, que a maior parte da água consumida vai para o setor da agricultura e outra considerável parcela é utilizada pela pecuária, seguida pela indústria. Assim sendo, a utilização da água é predominantemente aplicada na produção de alimentos e bens de consumo. Por essa perspectiva, a utilização direta ou indireta da água por um indivíduo é chamada de pegada hídrica. De acordo com a Organização das Nações Unidas, os países mais desenvolvidos e industrializados possuem maior demanda por água e, consequentemente, sua população apresenta maior pegada hídrica, quando comparada à países emergentes e subdesenvolvidos. Dessa forma, o consumismo indiscriminado contribui para o esgotamento do patrimônio hídrico global.        Além disso, o crescimento populacional é um importante fator que agrava ainda mais a carência de água no planeta. Um maior número de pessoas, não apenas significa mais litros para saciar a sede e para as atividades do dia a dia, como o uso de descargas, chuveiros e torneiras. Significa, sobretudo, que as nações precisarão ampliar a produção agrícola e pecuária, bem como, gerar mais energia elétrica. Consequentemente, pela lógica do mercado, os produtos e serviços se tornarão mais caros, o que, por sua vez, ocasionará o aumento da desigualdade social e econômica. Por essa óptica, os mais carentes estarão fadados à fome e miséria. Logo, é evidente que tal problemática deve ser amplamente discutida entre as nações para evitar o caos.        Portanto, urge que a Organização da Nações Unidas (ONU) por meio de encontros e congressos com os chefes de Estado promova um acordo mundial, que visa a implantação de políticas de consumo consciente da água. Desse modo, os lideres políticos devem subsidiar ferramentas tecnológicas que permitam o tratamento de águas contaminadas por esgoto, com a finalidade de torná-las reutilizáveis nos segmentos que requerem maior demanda de água: agricultura, pecuária e indústria. Por conseguinte, o consumo não será prejudicado e as riquezas hídricas permanecerão disponível por um bom tempo.