Enviada em: 22/10/2018

Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman: ''a vida líquida é uma vida precária, vivida em condições de incerteza constante, característica da modernidade líquida no século XXI.'' Seguindo este pensamento de Bauman, pode-se aplicá-lo aos impactos da escassez de água, tendo em vista que, num mundo capitalista onde tudo tem que acontecer de forma rápida e fluida, as minorias são esquecidas. Assim também, leva ao agravamento das questões sociais, como neste caso, a questão da crise hídrica.       Precipuamente, é indispensável ressaltar que a escassez de água não só acontece pelo mal gerenciamento de distribuição dos governos de cada país, como também, pela devastação ambiental. Num mundo em que as indústrias  foram crescendo cada vez mais, correspondente ao desenvolvimento capitalista, muitos impactos ambientais aconteceram, como diversos ecossistemas poluídos. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), em um gráfico para calcular o percentual de população mundial por disponibilidade de água, apenas 33% dos países tem água relativamente suficiente. Ainda cima, um dos países mais poluentes do mundo pela grande quantidade de indústrias, a China, ficou com o título de ''água insuficiente''.       Além disso, a Organização Mundial da Saúde também ressalta que são necessários entre 50 e 100 litros de água por dia para uma pessoa viver de forma digna, isso inclui a ingestão como também a higiene pessoal e do lar. Em países subdesenvolvidos, uma pessoa chega a usar cerca de 5 litros por dia. Como resultado, é notável que a escassez de água aumente a falta de higiene, trazendo nesses países maiores índices de doenças.       Desta forma, é imprescindível a participação da Organização Mundial da Saúde em conjunto com a ONU (Organização das Nações Unidas) para combater os impactos da escassez da água. Em união, poderiam reforçar cada vez mais a questão hídrica e auxiliar os países subdesenvolvidos a criar mais projetos governamentais, como a maior fiscalização de lugares periféricos para poder ser detectada a falta de saneamento básico e a sede, sendo feita a criação de esgotos e poços naturais, com o intuito de diminuir os impactos da escassez e o mal gerenciamento da água. Vale ressaltar também, a importância da preservação de ecossistemas, como o IBAMA(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) que fiscaliza indústrias para verificar a eliminação de resíduos de forma correta. Seria ideal, que o IBAMA em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente investissem maior verba para as fiscalizações, principalmente das indústrias químicas, com o intuito de abranger a preservação dos recursos naturais, visto que o Brasil é o país com mais água potável no mundo.