Enviada em: 30/07/2019

Segundo o Químico francês Lavoisier, na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Nesse contexto, os impactos da flexibilização das leis ambientais brasileiras são a magnificação trófica e o aumento do desmatamento ilegal.   Sob o primeiro viés, a Biologia possui um importante conceito chamado magnificação trófica, esse fenômeno diz respeito à poluição por uma substância não biodegradável ao longo da cadeia trófica. Sendo assim, a liberação de mais agrotóxicos - poluentes não biodegradáveis - em decorrência da flexibilização das leis ambientais no Brasil se mostra um problema, pois aumenta o risco de envenenamento de animais que vai se acumular ao longo da cadeia alimentar e voltar para o ser humano provocando diversas doenças como câncer. Prova disso é pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde - OMS - que aponta agrotóxicos como sendo grande causa de câncer em moradores do campo.   Além disso, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, órgãos de fiscalização como o IBAMA estão sucateados, com nenhum investimento e muitos cortes. Isso se mostra um problema pois a falta de fiscalização gera um aumento no desmatamento ilegal o que provoca perdas irreparáveis à fauna e a flora locais, sobretudo, na Amazônia. Esse fato fica evidente, segundo relatórios da Organização das Nações Unidas - ONU - que mostram um aumento expressivo no desmatamento na Amazônia no primeiro trimestre de 2019.  Fica claro, portanto, que é necessária uma mudança na postura do Governo brasileiro em relação às políticas ambientais. Para tal feito, é preciso que o Governo Federal faça investimentos nos órgãos de fiscalização, com o intuito de denunciar e punir, por meio de pesadas multas - cerca de 200% a mais do que é cobrado hoje -, pessoas que realizarem o desmatamento ilegal, para que a curto prazo os índices de desmatamento diminuam e as florestas sejam preservadas. Além disso, é preciso também, que o Governo revogue a flexibilização que aconteceu nas Leis ambientais - tendo em vista que a liberação não possui vantagens do ponto de vista ambiental e de saúde pública - e tome o caminho oposto, endureça a legislação, para que os habitantes do Campo brasileiro se exponham menos a poluentes não biodegradáveis e com isso a médio prazo, os índices de câncer no interior do Brasil possam ser reduzidos e a fauna e a flora não sejam mais contaminados. Tomadas essas medidas, os problemas citados podem ser solucionados.