Enviada em: 14/08/2019

O Brasil, em seu governo de 2019, passou a ter um total foco no crescimento econômico e social. No entanto, para que se obtenha o crescimento desejado é preciso aplicar mudanças que, em alguns casos, estão se tornando prejudiciais. As leis ambientais brasileiras, por exemplo, estão sob mudança sofrendo uma flexibilização, o que traz impactos bruscos para a natureza e a vida humana. Diante dessa perspectiva, convém a analise se tais mudanças compensam.       É importante salientar, de inicio que, uma vez que se deseja flexibilizar as leis ambientais, demonstra-se que diversos fatores estão acima do ecossistêmico, principalmente o capitalista. Essa diferença de valorização dada pelo homem a natureza e ao dinheiro pode ser exemplificada pelo crescente número da área desmatada da Floresta Amazônica para dar espaço a imensos campos de pastagem de gados e plantio de soja, que trazem alto lucro ao sistema econômico brasileiro. De acordo com o Código Florestal, a Floresta Amazônica se encaixa como uma área de preservação permanente e não deveria estar vivendo tal processo de extremo desmatamento. Fica evidente que se houver uma flexibilização, tais taxas de destruição podem subir exorbitantemente.        Percebe-se que, as leis ambientais já estão sendo quebradas no atual governo a partir do momento que 290 agrotóxicos foram liberados somente esse ano, 28 destes classificados como medianamente tóxicos, 17 como extremamente tóxicos, 5 são pouco tóxicos e um é altamente tóxico. Ainda de acordo com o Diário Oficial da União (DOU), 27 desses produtos são perigosos ao meio ambiente, 18 são muito perigosos, cinco são pouco perigosos e um altamente perigoso. Toda essa extensa liberação tem a finalidade de aumentar a produção de frutas e grãos e, com certeza trará prejuízos para a saúde ambiental e humana.        As leis ambientais foram criadas com o intuito de proteger o meio ambiente e reduzir ao mínimo as consequências de ações devastadoras. Com a flexibilização dessas leis é evidente que o número de desmatamentos, mortes de animais e descaso com a preservação e a restauração da diversidade aumentarão. Portanto, é preciso que o Poder Legislativo torne as leis ambientais brasileiras mais rígidas e não flexíveis, a fim de proteger a natureza e seus recursos e os que dependem deles, além de diminuir as destruições que o ser humano causa. Para especificar as novas leis, especialistas, biólogos e geólogos devem tem participação direta e voz ativa, trazendo soluções focadas no meio ambiente e não no lucro que se pode obter com ele. Como já disse Lao Tze: "Rico é aquele que sabe ter o suficiente".