Enviada em: 04/05/2018

A partir da década de 1970 o mundo passou pela denominada Revolução Técnico Cientifico Informacional, processo no qual os campos da comunicação e da industria evoluíram rapidamente apoiados pela evolução tecnológica. Esse período representou mudanças drásticas na dinâmica do mercado de trabalho e continua a influencia-lo a medida que a tecnologia avança. A mecanização das lavouras e a automatização de processos industriais mudaram a demanda de empregos, assim como mudaram a forma com que o trabalhador se relaciona com o trabalho.   Atualmente o setor primário da economia mundial representa a tendencia do mercado de trabalho para o futuro em função dos avanços tecnológicos. A colheita de cana-de-açúcar e soja, por exemplo e a extração de minério de ferro são processos que caminham para a total mecanização, o que representa o fim de inúmeros postos de emprego, principalmente para trabalhadores menos qualificados. Logo, o contingente de desempregados aumenta, tornando a oferta de emprego superior a demanda, o que abre caminho para problemas relacionados ao abudo por parte de empresas, a perda de direitos e o enfraquecimento de forças sindicais.   Por outro lado, a mudança da mão de obra nos setores que exigem menos qualificação representa o crescimento da demanda de empregos nos demais. Com a implementação de maquinas nas industrias e no campo, assim como com a utilização de softwares e inteligências artificiais para  realização de transações bancarias ou assistência pessoal, tornam-se necessários indivíduos capacitados para opera-los, fazer sua manutenção e aperfeiçoamento. No entanto, essas "novas vagas de emprego" demandam de maior qualificação, incapacitando o funcionário qua antes realizava o trabalho de uma maquina de ocupa-las.   Portanto, a transformação pela qual o mercado de trabalho passa em função da crescente utilização da tecnologia nos sistemas de produção e serviços é um processo evolutivo da sociedade capitalista, que esta associado a busca pelo aumento na produção e nos lucros, no entanto, caso não seja acompanhado pela capacitação dos indivíduos pode representar a formação de um imenso contingente de desempregados, aumentando o abismo socioeconômico entre trabalhador e empregador e fomentando a perda de direitos do proletariado. Para que esse processo beneficie ambos e se distancie da realidade da Primeira Revolução Industrial, é preciso que o Estado busque, por meio de incentivos massivos na educação capacitar os indivíduos para lidar com a tecnologia. Para que esse incentivo na educação seja efetivo, o país pode buscar capital no exterior, se dispondo  a adquirir  dividas que seriam pagas a longo prazo com o consequente aumento na arrecadação de impostos.