Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro, no entanto, quando o assunto são os impactos da revolução digital, muitas vezes, essa mobilização não é vista e a problemática persiste, seja pela falta de mão de obra qualificada, seja pela grande necessidade de acumulação de capital dos grupos que possuem os meios de produção. É indubitável que a questão política e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, existe uma desigualdade na formação de mão de obra qualificada, assim a falta desses profissionais capacitados gera uma procura por tecnologias que supram essa falta de competência. Outrossim, destaca-se a ânsia pela riqueza a todo custo como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a automatização de varias profissões acontece gradativamente em países desenvolvidos, uma vez que esses apresentam uma maior disponibilidade de capital a ser investido pois segundo o jornal El País à Robótica eliminará até 800 milhões de empregos daqui a 2030 Um relatório destaca que países desenvolvidos serão os mais afetados pela automatização Torna-se evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem á construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério da Educação (MEC) deve direcionar investimentos e cursos profissionalizantes ministrados por profissionais especializados, visando a capacitação e a equiparação dos cidadãos diante dos empregos oferecidos. Alem disso, é necessário o investimento do Poder Público em industrias nacionais buscando a criação de novos postos de trabalho, e consequentemente a diminuição no número de desempregados. Também faz-se necessária a criação de uma cota mínima de empregados em um empresa, evitando assim as demissões em massa.