Enviada em: 16/07/2018

Entre finais do século XVIII e meados do século XIX, aproximadamente, a Inglaterra foi palco da Primeira Revolução Industrial. Por muito tempo e ainda hoje, este conhecido episódio da história mundial é objeto de estudo de intelectuais das mais diversas áreas do conhecimento. É consenso que, fazendo jus ao significado da palavra revolução, esta foi responsável por transformar abruptamente a dinâmica econômica global, as dimensões políticas e culturais até então vigentes, as relações comerciais, laborais e sociais estabelecidas. Não diferente, a revolução tecnológica em curso impactará de formas positivas e negativas as sociedades atuais, especialmente no que se refere ao mercado de trabalho e os trabalhadores.       O desenvolvimento, demasiadamente rápido de tecnologias ultra modernas talvez seja a característica mais marcante do século XXI. Com isso, é imprescindível saber adaptar-se e conviver com elas. Nos últimos anos, foram visíveis os muitos progressos nos diversos âmbitos da sociedade, com a ajuda da tecnologia. O exponencial aperfeiçoamento do computador e da indústria robótica, o advento do smartphone e dos tablets,  os novos medicamentos desenvolvidos pela indústria farmacêutica, a introdução de maquinário cada vez mais moderno no campo, os avanços da biotecnologia à favor da agricultura, o desenvolvimento de técnicas e procedimentos na medicina, são alguns exemplos da introdução de tecnologias no mundo contemporânea. Contudo, há diversos debates do quão positivo ou negativo pode ser esta realidade.       É bem verdade, por exemplo, que a internet facilitou a comunicação entre as pessoas e a indústria farmacêutica amenizou sintomas. Porém, no que diz respeito à introdução de tecnologias no mercado de trabalho, especialmente em países em desenvolvimento e/ou subdesenvolvidos, os resultados podem gerar ainda mais desigualdades econômicas e sociais, já que requerem mão de obra altamente especializada e o trabalhador pouco instruído sairia de cena para dar lugar às modernas tecnologias. Desta maneira, o desemprego, podendo ser estrutural ou não, faria-se presente. A partir daí, há o aumento do trabalho informal e infantil, a precarização das condições de moradia, saúde e bem estar.       Dessarte, visando estabelecer relações positivas  e equilibradas entre as tecnologias e o homem no mercado de trabalho, é imprescindível o massivo investimento na produção de mão de obra qualificada no âmbito educacional, especialmente na educação superior e nos programas de pós graduação, visando especializar o trabalhador.