Segundo o filósofo alemão Hans Jonas: “se o homem pode prever as consequências do seu comportamento, deveria corrigi-lo antes de qualquer prejuízo". Nessa perspectiva, é válido refletir acerca dos impactos da revolução tecnológica no mercado de trabalho. Sendo assim, o aumento da busca por trabalhos no meio virtual e a crescente mecanização de empresas contribuem para a problemática. De início, convém analisar o crescimento na busca por trabalhos na Internet. Segundo uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), exposta no site G1, mais de 40% da população brasileira possuí acesso à Internet, o que contribui para a busca. Assim, as pessoas, pela facilidade dos serviços virtuais, acabam por preferir trabalhar no mercado das plataformas digitais como o “youtube”. Ademais, mas não menos importante, o aumento da mecanização de empresas gera consequências aos trabalhadores. Desde a Revolução Informacional no século XX e o advento da robótica, empregos manuais ou até mesmo analistas de finanças podem ser substituídos por uma máquina ou um simples programa de computador. Nesse sentido, como afirma o sociólogo Bauman, a modernidade é líquida. Dessa forma, ela está em uma constante e ininterrupta mudança e isso afeta a vida dos trabalhadores. Portanto, com a finalidade de amenizar os impactos da revolução tecnológica no mercado de trabalho, cabe ao Estado junto com empresas privadas analisar criteriosamente as consequências da revolução tecnológica. Isso pode ser feito por meio de uma maior financeirização de pesquisas, as quais promovam uma transparência em relação ao mercado de trabalho e sua mudança no decorrer dos séculos. Essas pesquisas, podem mostrar quais empregos podem ter uma maior chance de desaparecer. Nesse contexto, a sociedade civil junto com universidades pode participar da divulgação das pesquisas, ao mesmo tempo que promovem manifestações aos trabalhos que poderiam continuar na ativa. Só assim, o homem mudará seu comportamento e passará a evoluir junto com a revolução digital.