Enviada em: 13/06/2019

A revolução industrial trouxe impactos marcantes para o mundo do trabalho, visto que a partir daquela época as profissões não eram mais definidas pela hereditariedade, o que acontecia quando não havia uma divisão do trabalho formal. Atualmente, a revolução tecnológica se mostra capaz de trazer impactos negativos para o mercado de trabalho, tendo em vista que altera profundamente a dinâmica das profissões. Nesse sentido, cabe analisar os impactos causados pela revolução tecnológica digital, o qual ocorre devido não só ao aumento do desemprego, mas também pela necessidade de mudança na formação profissional.   Em primeiro plano, a inserção de computadores e sistemas de inteligência artificial corroboram para o aumento do desemprego. Isso pode ser analisado através da pesquisa: “A revolução das competências” no Fórum de Davos, em que relata que 45% das atividades feitas por profissionais podem se automatizadas. Nesse sentido, a revolução tecnológica pode gerar uma grave crise de desemprego por causa da automatização do trabalho. Dessa forma, constata-se que os impactos causados pela modernização digital no trabalho obriga aos profissionais se desenvolverem profissionalmente.  Por conseguinte, o aumento na exigência do mercado de trabalho altera o processo de formação profissional. Isso pode ser verificado na reportagem do “Jornal Econômico” na qual é apresentada uma pesquisa que revela que a maioria dos profissionais cogitam ficar apenas 5 anos no emprego. Nesse contexto, a formação profissional deve ser diversificada, pois a constante mudanças de profissões exigem dos empregados habilidades distintas. Desse modo, podemos relacionar a dinamização da formação profissional com a frase do escritor russo Dostoiévski, em que ele diz: “A melhor definição que posso dar de um homem é a de um ser que se habitua a tudo”.  Portanto, medidas são necessárias para alterar esse cenário. Para que, a revolução tecnológica não traga o aumento exponencial do desemprego, urge que a Justiça do Trabalho regulamente um número máximo de mudanças nos cargos das empresas durante um certo período de tempo, por meio da criação de leis trabalhistas. Além disso, o Governo Federal terá de fornecer alternativas de formação profissional aos empregados de empresas através, por exemplo, de cursos do SEBRAE e SENAI, com o objetivo de dinamizar a formação dos profissionais de forma a evitar o desemprego em massa. Somente assim, a revolução tecnológica se mostrará capaz de trazer avanços para a sociedade sem gerar impactos negativos.