Enviada em: 23/10/2017

Será que o impacto tecnológico atual é um problema para o mercado de trabalho? Uma série de consequências podem ser analisadas. Questões como a valorização de mão de obra não automatizada, aumento de novos cargos e o crescimento da procura por capacitação técnica entre os jovens devem ser levados em consideração.       O primeiro ponto a ser observado é o enaltecimento da mão de obra manual. Essa situação pode ser identificado na manufatura de produtos artesanais, podendo citar, por exemplo, o bordado filé, de origem alagoana, que na última década, obteve uma valorização de 300%, de acordo com o instituto Inbordal, ainda que a região tenha se mecanizado. Desse modo, é possível determinar um paralelismo entre ambos crescimentos, tanto a manufatura artesanal quanto a automatização.        O segundo ponto a ser examinado é o aumento do número de novos cargos. Corroborado pelo artigo "Automação em nuvem", do doutorando em engenharia Jeferson Bigheti, o qual relaciona o uso de novas tecnologias na indústria com o aumento de cargos operacionais especiais. Tal associação deve-se ao fato da necessidade da criação e, também, da capacitação de novos cargos para operar tais inovações industriais.      Por fim, dando ênfase no último ponto citado, o terceiro ponto a ser estudado é o crescimento da procura por capacitação técnica. Como foi confirmado pelo dados estatísticos fornecidos, em 2010, pelo Correio Braziliense, o qual informa um aumento na matricula em colégios técnicos tendo a capacitação como causa. Em vista disso, citando como análogo a escola SENAI, os dados revelam que a cada 10 inscritos, 7 inscrevem-se no curso pela capacitação para futuros cargos.        Portanto, fazem-se necessárias propagandas, pelo Ministério da Cultura, em produtos convencionais das casas brasileiras, para informar a história dos produtos artesanais e, consequentemente, solidificar ainda mais o enaltecimento pela profissão de cunho histórico. Além disso, deve haver diálogos entre tecnólogos e jovens , nos colégios tradicionais, para informar os novos cursos que crescerão no mercado de trabalho e, possivelmente, disseminar uma retomada cultural ligada aos cursos técnicos. Enfim, o Ministério da Educação, que é o responsável pelo setor educacional no país, deve investir, em novos colégios técnicos em áreas periféricas, para ampliar a viabilidade de capacitação para todos, de modo que o impacto tecnológico não seja um problema para o mercado de trabalho.