Enviada em: 24/06/2019

Desafio da economia brasileira   A partir do século XX houve redução da taxa de fecundidade e natalidade, e com avanços da ciência, a expectativa de vida aumentou, reduzindo a taxa de mortalidade. Isso configura o envelhecimento da população, que é algo negativo para a economia, pois há menor arrecadação de impostos diante da necessidade de maiores gastos públicos.   A queda da natalidade no Brasil, após década de 80, ocorre pela maior participação da mulher no mercado de trabalho, pela educação sexual e planejamento familiar. Além disso, houve reforma sanitária, com a criação do SUS, e avanço da medicina preventiva, que resultam no aumento da expectativa de vida da população brasileira.   Observa-se que haverá menos adultos para contribuir na previdência de mais idosos, consequentemente isso gera a ruptura fiscal: redução da população economicamente ativa e da arrecadação de impostos opondo-se a maiores gastos públicos com saúde e previdência. Ademais, os reflexos do envelhecimento populacional são prejudiciais à maioria dos setores da economia, mesmo com o crescimento de algumas indústrias, tais como as de instrumentos médicos, medicamentos e serviços de saúde, como observa a investigadora do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Paula Albuquerque.   Portanto, o envelhecimento da população brasileira é ruim para a economia nacional e para evitar a ruptura fiscal, é necessário estabelecer algumas medidas: qualificação da mão-de-obra, para ter melhores trabalhos e maior contribuição de impostos; investimentos em medicina preventiva, como vacinas de gripe para idosos, outubro rosa e novembro azul, para que eles possam trabalhar melhor e por mais tempo; e uma reforma previdenciária, que esteja adaptada para a nação e atenda idade e tempo de contribuição mínimos, de forma a respeitá-la simultaneamente.