Enviada em: 26/06/2019

Em 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) implantou a Declaração Universal dos Direitos Humanos que objetiva, entre outras coisas, assegurar o direito à saúde, à vida e ao bem-estar social a todos. Entretanto, no Brasil, percebe-se que esses direitos são feridos, uma vez que a transição demográfica vivenciada no último século aponta sérios problemas na manutenção dos mesmos. Isso porque, há um aumento da expectativa de vida da população e uma queda da fecundidade, com consequentes reveses para o Estado tanto na previdência social como no setor da saúde pública.       Aponta-se, a princípio, que o afunilamento da pirâmide etária ocasiona dificuldades em relação à aposentadoria, uma vez que  cresce o número de beneficiários ao passo que cai o de contribuintes, devido tanto ao avanço da medicina e o maior acesso ao saneamento básico (em relação à longevidade),  quanto a anexação da mulher ao mercado de trabalho e novas perspectivas de família (no que tange a natalidade).  Dessa forma, em alguns anos, o país irá enfrentar prolemas no setor previdenciário, como alguns países da Europa, sendo necessário uma reforma no intuito de assegurar os direitos de 1948.       Além disso, com o envelhecimento da população, há maior demanda de assistência médica devido as complicações de saúde que atingem os mais velhos, como as doenças crônicas. Entretanto, a saúde pública no Brasil sofre desafios do mau gerenciamento e de falta de investimentos financeiros. Como resultado, temos um sistema em colapso, na maioria das vezes insuficiente e com pouca qualidade para atender a população. Somado a isso, é preciso analisar o grau de autonomia e independência dos idosos, uma vez que os cuidados vão além do hospital, sendo necessário o auxílio dos familiares que, na maioria dos casos, devido à falta de tempo ou até a inexistência desses, deixam de prestar ajuda aos mesmos.       Infere-se, portanto, que o envelhecimento da população brasileira tem causado impactos e gerado muitas discussões. Logo, o Poder Executivo, em conjunto com o Ministério da Planejamento e o Poder Legislativo, deve promover políticas públicas que visem reformar o cenário econômico de modo a prepará-lo para o futuro, como a reforma da previdência e tributária, no intuito de garantir aos cidadãos o que foi assegurado pela ONU. Outrossim, o Ministério da Saúde deve melhorar a infraestrutura da saúde e promover palestras e propagandas acerca dos cuidados com os mais velhos e a importância de se estar presente, na demanda de auxiliá-los a chegarem com mais disposição e com menos enfermidades na terceira idade.