Enviada em: 25/06/2019

Durante os séculos XIX e XX a Europa passou por diversos processos históricos que reestruturaram completamente as sociedades ocidentais. Dentre elas pode-se destacar a Primeira Revolução Industrial, cujo progresso tecnológico nunca antes visto, entre outros efeitos, iniciou também um processo de aumento da expectativa de vida humana, que continua até hoje em todo o mundo.     No contexto brasileiro, uma das maiores adversidades enfrentadas com o aumento da espectativa de vida, e a consequente inversão da pirâmide etária, é a manutenção do sistema previdenciário. Isso se deve ao fato de que o sistema atual data da Era Vargas, uma época em que a sociedade era bem diferente, com relativamente muito menos idosos e muito mais pessoas que estavam na parte ativa de suas vidas. Com isso, a relação entre arrecadação e gastos era muito maior que a atual, e o sistema era mais facilmente sustentado.     Ademais, os gastos públicos da União também devem condizer com sua pirâmide etária. Apesar de ser muito difícil predizer os efeitos de tal mudança nas demandas de cunho social, pode-se fazer algumas especulações. Por exemplo, enquanto uma população mais jovem requer mais gastos em educação, já que muitos estão ainda se formando, uma população mais velha requer maiores gastos em saúde pública, já que idosos tendem a ter uma saúde mais fragilisada.     Portanto, com base no que foi exposto, ações devem  ser tomadas de modo a adaptar a sociedade às mudanças etárias da população. Com relação à previdência, o Senado e a Câmara dos Deputados devem reformulá-la, de modo a cortar gastos desnecessários, como altas pensões pagas a servidores públicos, e tornar igualitário o tempo de contribuição tanto de ricos quanto de pobres. O Poder Executivo ainda deve reestruturar os seus gastos, investindo mais em setores cuja demanda vem aumentando, como a saúde, e racionalizando recursos conforme a demanda venha caindo, como na educação básica.