Enviada em: 12/07/2019

Com o avanço da tecnologia e da ciência, principalmente da medicina, a expectativa de vida da população mundial cresce a cada ano, enquanto a taxa de fecundidade diminui à medida que os países se desenvolvem. Nessa perspectiva, no Brasil, o aumento da população idosa implica em um amplo debate a respeito dos impactos desse rápido envelhecimento. Desse modo, destaca-se os desafios enfrentados pelo setor econômico brasileiro e pelo setor da saúde pública, que ainda não estão devidamente preparados para receber a população da terceira idade.       Convém ressaltar, a principio, que, com o aumento da expectativa de vida no Brasil, a economia sofrerá grandes impactos. Dessa forma, é importante pôr em discussão as questões sobre a Previdência Social, carente de uma reforma adequada, e as mudanças no estilo de consumo da sociedade, que afetará a indústria de uma forma geral, seja positivamente, com o aumento na procura de medicamentos, ou negativamente, pela diminuição na procura de eletrônicos, por exemplo. Entretanto, como consequência do imediatismo e da liquidez das relações sociais na atualidade, assim como afirma o sociólogo Bauman, os debates sobre os impactos do envelhecimento populacional não são postos como prioridades na atual conjuntura do país.        Ademais, é importante destacar os desafios relacionados à saúde pública brasileira. Nesse sentido, devido ao envelhecimento acelerado da população, o aumento no número de casos de doenças comuns na terceira idade torna-se um grande desafio. Aliado a isso, o despreparo desse setor põe em risco o princípio da isonomia, garantido pela Carta Magna do Brasil, já que em muitas localidades o acesso aos recursos e aos atendimentos de saúde são extremamente escassos, trazendo, dessa forma, grandes prejuízos à comunidade local, principalmente aos idosos.        Compreende-se, portanto, a necessidade de construir um ambiente digno e preparado para atender à população da terceira idade. Logo, cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social e ao Ministério da Economia proporem ao Poder Legislativo reformas que visem a melhoria da qualidade de vida dos idosos e de toda a população, por meio de consultas aos cidadãos brasileiros sobre essas reformas. Além disso, é dever do Ministério da Saúde, em parceria com as prefeituras, garantir, por intermédio de ações comunitárias e atendimentos domiciliares, que todos os idosos, independente das suas localidades, recebam os serviços de saúde previstos pela Constituição. Assim, o Brasil construirá, gradativamente, um ambiente melhor e mais preparado para toda a sociedade brasileira.