Enviada em: 28/06/2019

Há mais de 200 anos, Thomas Malthus propôs que a população mundial sofreria um crescimento exacerbado. Dentre os efeitos desse fenômeno, foi apresentada uma crise global referente ao abastecimento de alimentos. Apesar de não ter se confirmado, o mundo segue com diversos problemas referentes à população. No Brasil, por exemplo, a grande temática é o envelhecimento propulsionado por um momento de transição demográfica. Cabe, então, analisar os aspectos estruturais e sociais desse panorama para, de alguma forma, compreender seus impactos.       Em primeiro lugar, é evidente que o Brasil não apresenta planejamento adequado para se adaptar nessa realidade. Diante disso, é evidente o surgimento de inúmeros problemas. Afinal, Aristóteles, em seu princípio da igualdade, afirmou que é necessário oferecer tratamento e condições adequadas para determinados grupos. Dessa forma, seria possível garantir justiça e equidade. No entanto, o Brasil, por não apresentar infraestrutura adequada, como hospitais preparados, espaços públicos adaptados etc, acaba se afastando desse ideal.       Além disso, é possível perceber que a população, em sua grande maioria, não respeita e auxilia esses grupos. Com efeito, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), um em cada seis idosos sofre violência no mundo. Em nosso país, esses dados se tornam um reflexo, já que, segundo o Ministério da Cidadania, cerca de 77% dos casos são ocasionados por negligência. Dessa maneira, é evidente que, apesar de muitas vezes ocultados, a violência contra essa parcela populacional é uma realidade, extremamente fomentada pelo estigma da "inutilidade".       Portanto, é notável que a análise dessa temática recaia na necessidade de melhorias. Com isso, é possível que o Ministério da Cultura invista em workshops, nos espaços públicos, com palestras de especialistas e cursos de aprofundamentos. Assim, será possível apresentar melhores informações à população acerca da realidade, além de permitir maior qualidade de formação, a fim de atingir o princípio aristotélico da igualdade.