Enviada em: 01/07/2019

Com o avanço científico-tecnológico na humanidade - consequência da Segunda e Terceira Revolução Industrial - evidencia-se um gradativo aumento na expectativa de vida populacional mundial, inclusive no Brasil. Embora que o prolongamento da longevidade seja positivo para os cidadãos, tal situação traz aspectos negativos a determinados departamentos do Estado.       As Revoluções Industriais permitiram o desenvolvimento de aparatos tecnológicos, que, por sua vez, favoreceram a ampliação do conhecimento nas Ciências Médicas. Como consequência do aprimoramento das condições de saúde em âmbito social, a população passou a viver mais e com uma elevada disponibilidade de acesso aos mais diversos tratamentos de debilidades fisiológicas que afligem grande parcela dos idosos. Sob uma esfera individual, é perceptível que esse aumento na duração da vida é importante e possui seus aspectos positivos: tal prolongamento permite que o cidadão passe mais tempo com seu círculo familiar - e desenvolvendo seus devidos laços afetivos - além de possibilitar que experiencie situações nas quais não pôde viver enquanto jovem, como viagens turísticas, seja pela falta de tempo ou pela carência de dinheiro.       O Brasil, no século XXI, está na fase de conclusão de transição demográfica, portanto espera-se um declínio na quantidade de indivíduos pertencentes a População Economicamente Ativa (PEA), parcela trabalhadora da População em Idade Ativa, e um incremento na população previdenciária. Visto que a Previdência Brasileira fundamenta-se no pagamento da aposentadoria atual dos idosos pelos cidadãos da PEA, evidencia-se que a tendência é a incapacidade gradativa do sustento previdenciário dos futuros idosos, como resultado da sobrecarga populacional nesse setor. Além disso, o aumento de idosos na sociedade brasileira faz com que haja uma maior exigência social para com os benefícios fornecidos pelo Estado; isto é, eleva-se a necessidade da população de idade avançada por recursos ofertados pelo governo, como os auxílios no transporte e no fornecimento de medicações essenciais, gerando mais gastos à economia brasileira.       Desta forma, é de suma importância abordar maneiras de solucionar as questões econômicas que circundam o prolongamento da longevidade humana. Para isso, o Governo e seus Ministérios devem realizar uma reforma previdenciária que altere a forma de contribuição dos futuros usuários deste sistema: a parcela individual deve ser destinada apenas à aposentadoria do contribuinte. Isso reduzirá drasticamente a consequência gerada pelo declínio da PEA  e aumento da quantidade de idosos e, assim, permitirá que a população de idade avançada contribuinte possa viver sem receios econômicos e aproveitar a sua vida.