Enviada em: 02/08/2019

O peso etário para os cofres públicos   A partir da primeira revolução industrial (XIX), a saúde humana passou por profundas alterações devido ao avanço tecnológico, como a descoberta da penicilina. Mas foi após a Revolução Verde (1950) e o advento do capitalismo que a humanidade alçou novos parâmetros demográficos. Atualmente, no Brasil, a necessidade de uma nova proposta previdenciária permeia como reflexo do envelhecimento populacional e do déficit previdenciário.    O Governo Federal apresentou, em 2016, ao Congresso Nacional uma proposta previdenciária, PEC 287, na qual, a idade mínima para a concessão do benefício e o aumento do tempo mínimo de contribuição são alterados (Homens, 65 e Mulheres, 62). Essa nova proposta tem por vigência cobrir o rombo nos cofres da previdência ocasionado pelo aumento no número de aposentadorias, sem o proporcional aumento no número de trabalhadores que as financiem. Nesse sentido, a População em Idade Ativa (PIA) vai diminuindo no decorrer do desenvolvimento demográfico motivado pela industrialização acelerada, queda na taxa de fertilidade, inserção da mulher no mercado e aumento da longividade.   Outrossim, é reflexo da citação de Simone de Beauvoir, "O que é um adulto? Uma criança de idade", onde são necessárias mundanças socias e estruturais, como maior acessibilidade em prédios e ônibus, de forma que atenda essa parcela da população, além de um sistema de saúde adequado. De acordo com Índice de densenvolvimento humano (IDH), a média etária no Brasil é 76,7 anos para o homem e 78 anos para mulheres.     Portanto, são necessárias políticas públicas mais sérias feita pelo Governo Federal em conjunto com o Ministério da Economia e Ministério da Casa Civil de forma a reestruturar politicamente a constituição, por meio da aprovação da proposta, maior acessibilidade, modificações no sistema de saúde que atenda essa nova demanda de maneira a garantir o envelhecimento saudável da população e do País.