Enviada em: 16/07/2019

A expectativa de vida da população da maioria dos países vem aumentando gradativamente, o que, juntamente com a queda da taxa de natalidade, leva ao envelhecimento da população - situação na qual, proporcionalmente, o número de idosos supera o de crianças, jovens e adultos. Tal questão é mais pronunciada em países desenvolvidos e em desenvolvimento, e, segundo a ONU, o Brasil passará pelo processo de envelhecimento populacional rapidamente nas próximas décadas. Sendo assim, uma das preocupações prementes é a de que, no futuro, a qualidade de vida do idoso brasileiro precisa ser melhor do que é no presente, de modo que os impactos desse envelhecimento não sejam desfavoráveis ao país.      Em primeiro lugar, deve-se notar que, segundo artigo publicado no site oficial do Hospital de Olhos de Blumenau, entre as enfermidades que mais acometem idosos, no Brasil atual, estão as doenças cardíacas, respiratórias, o câncer e a diabetes. Tais problemas podem ser evitados, muitas vezes, com cuidados preventivos, tais como alimentação de qualidade, prática de exercícios físicos e atividades de lazer que coloquem os idosos em contato entre si e também com entes queridos.     Em segundo lugar, existe a preocupação com a forma que o aumento do número de idosos irá afetar a economia e o funcionamento das instituições. De acordo com análise feita por economistas para o jornal português Público, setores como os de saúde e construção serão estimulados, enquanto os de administração e telecomunicações perderão força em escala muito maior do que os que ganharão. Tal perspectiva pode parecer assustadora, no entanto, o mercado capitalista, como defendia o precursor dos economistas, Adam Smith, tende a se adaptar para que chegue ao equilíbrio. Além disso, existe a possibilidade de que o perfil do idoso de 2049, por exemplo, seja bem diferente do idoso de 2019, o que não corroboraria as previsões feitas hoje.     Assim, para amenizar essa problemática, é necessário que se promova, desde já, por meio de programas realizados pelo Ministério da Saúde, juntamente com profissionais da área de gerontologia e nutrição, a prevenção às doenças que acometem amplamente os idosos, com orientação e conscientização à população de todas as faixas etárias sobre a importância de uma alimentação e hábitos saudáveis, de forma que, gradativamente, elas não se apresentem como um grande dispêndio do sistema público de saúde. Ademais, é preciso que as grandes empresas públicas e privadas de serviços essenciais invistam em pesquisas e estatísticas sobre como devem se apresentar as preferências de seu mercado consumidor no futuro e quais  medidas  devem ser tomadas para evitar problemas passíveis de afetar gravemente a economia do país e a qualidade de vida da população.